Altamente capitalizada, com o suporte financeiro de gigantes como a Amazon, a BlackRock e a Ford, entre outros, a Rivian continua a atrair as atenções pelo seu potencial, ou não fosse considerada por muitos a nova Tesla. Agora que está prestes a arrancar com as entregas da pick-up R1T e com a edição de lançamento do SUV R1S, a Rivian procura ampliar a sua capacidade de produção, dentro e fora dos Estados Unidos da América (EUA). Na Europa, de acordo com a Sky News, há três países que disputam a corrida para acolher a futura fábrica da marca norte-americana no Velho Continente: Reino Unido, Alemanha e Holanda.

Para dar resposta à procura de que tem sido alvo e que, ao que tudo indica, tenderá a aumentar, à medida que vá lançando versões mais acessíveis dos seus dois modelos 100% eléctricos, além de continuar a reforçar o seu catálogo, a Rivian decidiu avançar com a construção de uma segunda fábrica nos EUA. O investimento, na ordem dos 5000 milhões de dólares norte-americanos, destina-se a erguer um complexo capaz de produzir veículos, motores eléctricos e as baterias para os alimentar.

Já o interesse da marca neste lado do Atlântico foi tornado público no Rivian Owners Forum, que deu conta de um email destinado a um potencial cliente europeu, em que a marca lhe confirmava a intenção de comercializar os seus veículos na Europa já no arranque de 2022. As ambições europeias ganharam ainda mais corpo com a abertura do recrutamento de pessoal para planear e gerir as entregas de veículos na região EMEA, sabendo-se agora que a todas estas movimentações se junta o interesse em implantar uma fábrica na Europa. Isso permitiria agilizar a produção e fintar a carga fiscal da importação, ao mesmo tempo que alargaria a base de potenciais clientes, permitindo à marca liderada por RJ Scaringe lutar por uma fatia das vendas num mercado que está condenado a ver desaparecer os motores a combustão.

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O Reino Unido foi dos primeiros a decidir pôr um fim às vendas de carros novos equipados com motores térmicos, já em 2030, e será o que está mais bem encaminhado para atrair a fábrica da Rivian.

Fontes do sector asseguram que a Holanda também está na corrida, mas a Alemanha, a maior economia europeia e aquela que é mais fortemente apoiada na indústria automóvel, não quer ficar de fora da disputa. Sucede que a Tesla optou por essa localização, atraída pelas condições que lhe foram oferecidas e potencialmente interessada em marcar posição num mercado que vai ditar a estratégia de electrificação na Europa, mas as coisas não lhe estão a correr de feição. Sendo que os atrasos e as polémicas à volta da construção da Gigafactory de Berlim poderão ter junto da Rivian um efeito dissuasor, com a marca a não querer arriscar passar pelo mesmo, por mais aliciantes que possam ser as promessas do Governo federal alemão.

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Espera-se que a decisão seja tomada nos próximos meses, mas tudo leva a crer que será Inglaterra a acolher a fábrica da Rivian. As negociações secretas com o Executivo de Boris Johnson duram há semanas, estando o Governo inglês na disposição de suportar o investimento norte-americano, na ordem dos 1,4 mil milhões de dólares, com um forte pacote de apoio estatal. Contudo, esta informação não é oficialmente confirmada.

Bristol é a região apontada para instalar o complexo fabril da Rivian, sendo que o Gravity Smart Campus, com 257 hectares, terá sido indicado pela empresa como um potencial local para instalar a nova fábrica. De realçar ainda que esta, ao contrário da que está planeada para os EUA, concentrar-se-á exclusivamente na produção de veículos. Até agora, a Rivian opera exclusivamente na fábrica de Normal, no estado norte-americano do Illinois, que adquiriu em 2017 à Mitsubishi.

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