O Centro de Vacinação de Ponta Delgada, Açores, entra na quarta-feira em modo “Casa Aberta” para vacinar contra a Covid-19 todos os residentes de São Miguel com idade igual ou superior a 18 anos, mesmo sem marcação.

A informação foi divulgada esta terça-feira em comunicado pela Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel (USISM) e fonte oficial ouvida pela Lusa esclareceu que a intenção é atingir 2.000 inoculações diárias: 1.000 utentes com marcação e outros tantos sem agendamento.

A iniciativa “Casa Aberta”, destinada a todos os residentes na ilha açoriana com “idade igual ou superior a 18 anos”, que ainda não tenham sido vacinados contra a Covid-19, começa na quarta-feira, decorre entre as 10h00 e as 18h00 e pode prolongar-se por seis dias ou menos, dependendo da adesão, indicou a mesma fonte da USISM.

A opção pela modalidade “Casa Aberta”, de vacinação sem agendamento prévio, foi uma forma encontrada pela USISM para tentar contornar as dificuldades dos serviços nos contactos telefónicos, cuja taxa de sucesso é atualmente baixa, na ordem dos 50%, acrescentou.

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Na quarta-feira, será “o grande teste” à disponibilidade dos residentes em São Miguel para a vacinação e a iniciativa será ponderada diariamente, de forma a avaliar se deve, ou não, prolongar-se pelos seis dias planeados para a inoculação sem marcação.

Quanto aos utentes agendados, “devem cumprir o horário definido”.

“Quarta-feira irá decorrer a ‘Casa Aberta’. Todos os cidadãos residentes na ilha de São Miguel, com idade igual ou superior a 18 anos, e que ainda não foram vacinados contra a Covid-19 podem deslocar-se ao Centro de Vacinação das Portas do Mar — Pavilhão do Mar, entre as 10h00 e as 18h00 e fazer a sua vacina“, descreve a USISM em nota de imprensa.

A USISM esclarece estar em causa “um processo de vacinação simples e não requer marcação prévia”, prevendo-se 120 inoculações por hora.

Sendo esgotada a capacidade diária de 1.000 vacinas sem marcação, “o utente deve voltar no dia seguinte“, indica a USISM.

Por outro lado, alerta, “só serão vacinados residentes ou utentes com comprovativo de residência com mais de noventa dias”.

A USISM avisa ainda que, quem viajou para fora dos Açores e/ou para a ilha Terceira, “só pode ser vacinado após o resultado do teste do sexto dia” de regresso.

A vacinação sem marcação é “extensível aos seis municípios da ilha de São Miguel“.

Não devem ser vacinados, “utentes com comportamentos de risco” ou em “isolamento profilático”, acrescenta a USISM.

Na página da Internet da Unidade de Saúde está disponível um questionário (http://usism.pt/wp/2021/08/casa-aberta/) que, se possível, deve ser entregue preenchido.

Os utentes que queiram ser vacinados sem marcação devem apresentar o cartão de cidadão.

Os Açores vão intensificar a vacinação contra a Covid-19 nas ilhas Terceira e São Miguel a partir desta semana, alargado os horários e o número de inoculações diárias, anunciou na quinta-feira o secretário regional da Saúde.

“Em São Miguel, serão ultrapassadas as 2.000 doses diárias. Na Terceira, [vão ser] entre as 1.000 e as 1.500 doses diárias“, disse o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.

As ilhas Terceira e São Miguel, as duas mais populosas dos Açores, são as que têm taxas de vacinação mais baixas.

Sete das nove ilhas dos Açores têm mais de 70% da população inoculada com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e cinco ilhas têm mais de 70% com vacinação completa: Corvo, Santa Maria, São Jorge, Graciosa e Pico.

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 02 de agosto, foram vacinadas nos Açores 145.562 pessoas com a primeira dose (61,5%) e 137.897 com vacinação completa (58,2%), no âmbito do Plano Regional de Vacinação, segundo dados desta terça-feira da Autoridade de Saúde Regional.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.234.618 mortos em todo o mundo, entre mais de 198,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.397 pessoas e foram registados 974.203 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.