Em pé de guerra com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), que o ordenou a retirar “todos os conteúdos alusivos à atividade do autarca da sua página da rede social Facebook”, Carlos Carreiras fez novas declarações muito críticas da própria CNE, mas também da Iniciativa Liberal, que apresentou a queixa. Em declarações citadas pelo jornal Inevitável (edição em papel), Carlos Carreiras, que é recandidato à Câmara de Cascais, lança farpas aos liberais, que acusa de serem “uns rapazolas irresponsáveis que estão a brincar à política”. A IL é, considera, “à direita, o partido mais extremista que há em Cascais”.
Carlos Carreiras em guerra com a CNE recorre para o Tribunal Constitucional e Provedoria de Justiça
O partido liberal, aponta, “não teve teve nenhuma penetração no concelho e ninguém os conhece, para além de fazerem propostas completamente irresponsáveis”. Carreiras acusa ainda a IL de querer “arranjar uma polémica para ver se ganham protagonismo”. Já sobre a CNE, diz que ele próprio está a “fazer uma avaliação dos membros” da Comissão. “O que encontro são meros funcionários dos partidos e pessoas que ninguém conhece na sociedade. Não tem muita lógica”, critica, acrescentando que serão pessoas não independentes. O edil diz ainda conhecer outros autarcas “que fazem o mesmo procedimento” no Facebook, mas sem as mesmas consequências.
Em causa está uma queixa apresentada pelo Núcleo Territorial de Cascais da Iniciativa Liberal pelo “uso indevido da página do Facebook de Carlos Carreiras”. A CNE acabou por dar razão ao partido e ordenou a remoção dos conteúdos alusivos à atividade do autarca na referida página.
Presidente da Câmara de Cascais obrigado pela CNE a remover conteúdos do Facebook
Como o Observador já tinha escrito, Carlos Carreiras vai recorrer da decisão tomada pela CNE para o Tribunal Constitucional e para a Provedoria de Justiça. Já na altura, o autarca acusou a Comissão de ser “manifestamente partidarizada e governamentalizada” e de ter “falta de independência”. Carreiras indicou ainda que iria passar a fazer uma publicação diária a referir que foi “censurado”.
“Pergunta-me o FB em que estou a pensar. Estava a pensar que fico a aguardar que a CNE me proíba de ir a casa no dia de reflexão porque, como tenho uma família númerosa, posso fazer campanha nesse dia junto da minha mulher, filhas e genros. Mas pensando melhor não vai ser preciso a minha família, como a larga maioria dos cascalenses, já me declarou o apoio.”, escreveu no sábado, no Facebook.