Em junho, quase 378 mil pessoas estavam inscritas nos centros de emprego, mas apenas 241 mil pessoas recebiam prestações de desemprego. Isto significa que mais de 136 mil pessoas estão sem trabalho, mas não recebem qualquer subsídio de desemprego.

O cálculo é apresentado esta segunda-feira pelo Correio da Manhã, que cita dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) e da Segurança Social. Esta diferença pode explicar-se pelos requisitos de acesso ao subsídio de desemprego, já que para receber este apoio é preciso ter trabalhado, pelo menos, 360 dias por conta de outrem nos 24 meses antes do desemprego e estar registado na Segurança Social. Ficam de fora, assim, muitos trabalhadores com contratos mais precários e jovens — alguns dos mais atingidos pela pandemia e que não cumprem os requisitos de acesso aos subsídios de desemprego.

Mesmo assim, regista-se uma trajetória de melhoria face ao mesmo período do ano passado, que pode ter sido impulsionada pela decisão do Governo de prolongar por seis meses os subsídios de desemprego que terminem em 2021.

Em junho do ano passado, 179 mil estavam sem trabalho, mas também sem apoio ao desemprego. Estes trabalhadores podem, nalguns casos, recorrer a outros apoios, como o subsídio social de desemprego (para quem não tem os tais 360 dias de trabalho nos dois anos antes de ficar sem trabalho).

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