As vacinas contra a Covid-19 são vistas como fiáveis por cerca de 90% de idosos, profissionais de saúde e professores, mas 30% dos inquiridos têm dúvidas de que a vacinação ponha termo à pandemia. Estas são as principais conclusões de um estudo elaborado pela fundação La Caixa, em colaboração com Observatório Social, consultado pelo Observador.

A maioria dos inquiridos acreditam que as vacinas produzem benefícios: mais de 75% dos participantes consideram que o imunizante reduz a probabilidade de infeção de Covid-19 e 90% diz mesmo que a probabilidade de sofrer de complicações associadas à doença diminui com a inoculação.

No caso de pessoas que já foram infetadas, 33% dos idosos inquiridos consideram que depois de terem tido Covid-19 não devem tomar a vacina, número esse que não é tão expressivo nos professores (13%) e nos profissionais de saúde (9%).

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Elaborado entre abril e maio de 2021, cerca de 50% dos participantes no estudo já tinham completado o esquema vacinal. Os maiores receios daqueles que não estão vacinados associavam-se aos “efeitos secundários após a vacinação”, principalmente entre professores (67%) e profissionais de saúde (59%).

Outra das conclusões  deste estudo indica que 75% dos participantes consideraram as autoridades — como o Infarmed ou a Direção-Geral da Saúde (DGS) — competentes, vendo-as como uma “fonte de informação fiável relativamente à vacinação”. Em contrapartida, o nível de confiança é menor relativamente aos meios de comunicação social. Apenas 36% dos profissionais de saúde, 41% de idosos e 59% dos professores acreditam que são confiáveis.

Além disso, cerca de 90% dos professores e profissionais de saúde gostariam de ser testados quanto à resposta imunitária obtida após infeção por Covid-19 ou vacinação, enquanto apenas cerca de dois em em cada três idosos “partilhavam o mesmo desejo”, lê-se no estudo, que contou com uma amostra de 1062 professores, 890 profissionais de saúde e 602 idosos.

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