A japonesa Toyota Motor vai cortar em 40% a produção automóvel a nível global, segundo uma notícia do jornal Nikkei que fez as ações da empresa afundarem quase 5% esta quinta-feira na bolsa de Tóquio. O corte drástico na produção, em relação ao que estava nos planos da fabricante, está relacionado com a chamada “crise dos chips“, uma escassez de semicondutores que começou com as perturbações causadas pela Covid-19 – que continuam a travar a produção em várias partes do mundo.

Segundo a notícia do Nikkei, que não especifica a fonte da informação (mas não foi desmentida), a expansão rápida da variante Delta em países como a Tailândia está a penalizar a produção em várias fábricas que são fornecedores importantes da Toyota.

Os investidores foram surpreendidos pela notícia, levando à forte quebra das ações, porque a Toyota tinha vindo nos últimos meses a garantir que as suas operações não estavam a ser penalizadas, de forma significativa, pela “crise dos chips“.

Estava previsto serem produzidos cerca de 900 mil carros da Toyota no próximo mês de setembro, uma previsão feita há cerca de um mês, em julho. Mas, segundo o Nikkei, os responsáveis da fabricante automóvel japonesa (uma das maiores do mundo) acabam de decidir baixar essa meta de produção mensal para 500.000 veículos.

A notícia foi, aponta a Reuters, um forte sinal de que a propagação do Sars-Cov-2 – neste caso, no sudeste asiático – poderá ser colocar um travão importante na recuperação económica global. Em simultâneo, os mercados financeiros estão a ver o banco central norte-americano, a Reserva Federal, a caminhar para a retirada dos estímulos monetários à economia, o que gera receios de que esses estímulos terminem antes de os impactos económicos da pandemia estejam plenamente controlados.

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