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Choveu no ponto mais alto do manto de gelo da Gronelândia pela primeira vez desde que há registos

Este artigo tem mais de 2 anos

É a quarta vez em menos de quatro décadas que o topo do manto de gelo da Gronelândia atinge temperaturas positivas. Desta vez, o degelo foi acompanhado de um episódio inédito de chuva.

A estação científica fica no ponto mais elevado do manto de gelo da Gronelândia. Desde que há registos, nunca ali choveu
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A estação científica fica no ponto mais elevado do manto de gelo da Gronelândia. Desde que há registos, nunca ali choveu

Getty Images

A estação científica fica no ponto mais elevado do manto de gelo da Gronelândia. Desde que há registos, nunca ali choveu

Getty Images

Pela primeira vez desde que há registos meteorológicos, choveu no ponto mais elevado do manto de gelo da Gronelândia, de acordo com a Fundação Nacional para a Ciência dos EUA, que ali opera uma das mais importantes estações de investigação do planeta.

O manto de gelo da Gronelândia, que ocupa cerca de 80% da área da ilha, é a segunda maior massa de gelo do mundo, apenas atrás do continente da Antártida. O seu ponto mais elevado fica a mais de 3.200 metros de altitude e, nos últimos 32 anos, só registou temperaturas positivas três vezes antes deste ano: em 1995, 2012 e 2019.

Desta vez, as temperaturas subiram ao ponto de causar degelo entre os dias 14 e 16 de agosto.

O ícone vermelho indica o lugar da estação científica que fica no ponto mais alto do manto de gelo da Gronelândia, que ocupa cerca de 80% da área da ilha

Google Maps

Porém, o degelo deste ano foi incomum. Além de as temperaturas terem passado a barreira dos zero graus Celsius, também choveu — num lugar onde está sempre tanto frio que a precipitação é sempre na forma sólida de neve.

“Durante todo o dia de sábado, esteve a chover sempre que foram feitas observações meteorológicas. E foi a primeira vez que isto foi observado na estação”, disse ao The Washington Post a investigadora Zoe Courville.

De acordo com aquele jornal, o manto de gelo da Gronelândia sofreu nestes dias um dos maiores episódios de degelo desde que há registos, com as temperaturas a ficarem, em várias regiões do manto, 18 graus Celsius acima da média. No pico, a temperatura chegou mesmo a um máximo de 0,6ºC.

A chuva só acelerou o processo de degelo, de acordo com vários especialistas citados pelo The Washington Post. “Imaginem a diferença entre chuva a cair num manto de gelo em vez de neve. Basicamente, a chuva consegue derreter a neve“, disse ao jornal o investigador Von Walden.

Segundo os especialistas, é pouco provável que este episódio específico de degelo tenha um impacto significativo na subida do nível da água do mar: por ter acontecido no topo do manto de gelo, o mais provável é que a água que vai escorrer pelo território volte a congelar antes de atingir o oceano.

Contudo, trata-se de um indicador claro de que o degelo está a acelerar nas latitudes mais elevadas — um fenómeno que dificilmente poderá ser desligado do aquecimento global provocado pela atividade humana.

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