Carlos César já apresentou a candidatura (a única) à presidência do PS e será eleito este fim de semana no congresso do partido em Portimão. Entre os subscritores está o líder do partido, António Costa, o histórico, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues e também figuras de outras eras do partido, como Maria de Belém e Alberto Martins (nomes da direção de António José Seguro), o soarista Vítor Ramalho, Pedro Silva Pereira (conhecido durante anos como “braço direito de Sócrates”). Isto além dos quatro nomes mais falados como possíveis futuros líderes do partido.

Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, Ana Catarina Mendes e Mariana Vieira da Silva. Até o nome da ministra da Presidência — a mais recente socialista que o líder tem promovido como mais uma possibilidade para o futuro do partido, o que foi avançado pelo Observador em junho  — já surge na lista de apoios que Carlos César mostra ter para mais uma época como presidente do PS. O socialista ocupa o cargo desde que António Costa é secretário-geral do PS, novembro de 2014.

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O nome dos quatro surge também na lista de vices da mesa deste congresso, tal como o Expresso noticiou esta semana, numa lista que é proposta pelo secretário-geral do partido, mas que o Observador sabe ter sido composta a quatro mãos, ou seja, entre António Costa e Carlos César — foi assim também na composição da comissão de honra do congresso. A intenção passará por firmar aos olhares socialistas aquilo que já todos suspeitam: há uma geração preparada para suceder a Costa ainda que o dia para essa chamada ainda esteja longe de se conhecer.

Sobre o futuro próximo, esta quarta-feira, em entrevista ao Observador, Francisco Assis veio juntar-se ao coro de vozes que antecipam mais uma legislatura para Costa, ou seja, que o líder se manterá à frente do partido no congresso de 2023. Também Fernando Medina alinha pelo mesmo diapasão, por exemplo. Mas António Costa mantém essa página por escrever e tem atirado a decisão só para o ano das legislativas, altura para a qual ficará o próximo congresso (se não houver necessidade de um extraordinário entretanto).

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Na lista de subscritores da candidatura de César surgem também o empresário Rui Nabeiro, o presidente da CES (e socialista) Francisco Assis e também o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro. Entre os mais de cem nomes constam ainda os presidente das federações do PS pelo país, a Juventude Socialista e o departamento das Mulheres Socialistas.