Duas pessoas com cerca de 30 anos morreram depois de tomarem a vacina da Moderna, no Japão. As duas pessoas em questão foram vacinadas com um de três lotes da vacina da Moderna que estão a ser investigados pelo Ministério da Saúde japonês por suspeitas de contaminação. Em comunicado enviado às redações, este sábado, a Moderna e a Takeda [parceira farmacêutica no Japão] dizem não há “nenhuma evidência” de que as mortes tenham sido causadas pela vacina e que as “descobertas iniciais estarão disponíveis no início da próxima semana”.

As pessoas terão morrido poucos dias depois de receberem a segunda dose da vacina, de acordo com o departamento da saúde japonês. A causa das mortes está agora sob investigação. “É importante realizar uma investigação formal para determinar se há alguma ligação”, referiram as empresas, que adiantam que a mesma “está a ser conduzida com o maior sentido de urgência, transparência e integridade e é da mais alta prioridade”.

A Moderna está a efetuar essa investigação, os frascos foram enviados para um laboratório qualificado para análise e as descobertas iniciais estarão disponíveis no início da próxima semana”, diz a farmacêutica em comunicado.

Como avançou esta manhã de sábado o El País, a farmacêutica espanhola Rovi, um dos locais de produção da vacina da Moderna, está a investigar uma possível contaminação de três lotes desta vacina, depois de, na passada quinta-feira, o Ministério da Saúde do país ter ordenado, “como medida de precaução”, a suspensão de 1,63 milhões de doses desta vacina, após a descoberta de “materiais estranhos” no seu interior. Assim, a “Takeda solicitou que a Moderna e a organização de fabrico europeia contratada pela Moderna conduzam urgentemente uma investigação completa para determinar a natureza da substância estranha”, referem as farmacêuticas.

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“Substância estranha encontrada em frascos”

De acordo com o que a Takeda e a Moderna explicaram, a 26 de agosto a primeira empresa anunciou a decisão de suspender o uso de três lotes da vacina Covid-19 da Moderna no Japão, em alinhamento com o MHLW após relatórios de locais de vacinação, reportarem uma substância estranha encontrada em frascos”. “As reclamações que motivaram a suspensão foram centradas num lote específico, mas um total de três lotes fabricados na mesma série foram incluídos na suspensão pela MHLW, por uma questão de cautela”, adiantam ainda as farmacêuticas.

Até o momento, não temos reclamações de qualidade do produto relacionadas a partículas no lote relacionadas ao infeliz falecimento dos dois indivíduos”, diz a Moderna.

Tanto o governo japonês como a Moderna explicaram, num comunicado na quinta-feira, que não foi detetado nenhum problema de segurança ou eficácia da vacina e que a suspensão foi apenas uma medida de precaução.

“A Moderna acredita que o problema de fabrico ocorreu numa das suas linhas de produção em Espanha. Até agora, nenhum problema de segurança ou eficácia foi relatado. Em função do compromisso da empresa com a qualidade de seus produtos, um lote afetado e dois outros foram reservados”, acrescentou a empresa no comunicado enviado na quinta-feira, citado pelo El País.

Segundo a Moderna, já foram administrada “mais de 200 milhões de doses da vacina Moderna COVID-19 foram administradas a mais de 110 milhões de pessoas em 45 países”.