Era o primeiro jogo do Manchester City depois da novela em torno de Cristiano Ronaldo mesmo que, como o Observador explicou na passada sexta-feira, os citizens nunca tenham feito uma proposta concreta à Juventus pelo português. Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo deste sábado, frente ao Arsenal, Guardiola disse que o craque português estava “longe” da sua equipa e a história deu a volta, terminando como se sabe: num regresso de CR7 ao Manchester United.

Este sábado, com tudo isso para trás, mas também sem Harry Kane, que Pep tanto queria, que ficou no Tottenham, o Manchester City tentava manter uma tendência já com alguns anos. É que desde 2015 que o Arsenal não ganhava em casa do City e essa era, obviamente, uma tendência a manter. Aliás, a estatística jogava praticamente a favor da equipa de Manchester, que nos últimos seis anos só perdeu três vezes com os gunners.

Uma dessas vitórias da equipa de Londres foi já com Arteta aos comandos, que venceu então o seu “mestre” Guardiola, visto ter sido seu adjunto. No entanto, o treinador espanhol do Arsenal tem sido muito contestado, até porque, e depois de um grande investimento (mais de 100 milhões de euros), Brentford e Chelsea venceram a equipa de Londres, que arrancava para este jogo com zero pontos.

Segundo o Telegraph, o treinador dos gunners tem até outubro para salvar o emprego, mas Guardiola defende-o: “Foram dois jogos, não 20 ou 50. Às vezes acho que os treinadores são loucos em ter este trabalho. O Arsenal confia em Arteta porque gastaram muito dinheiro para reforçar a equipa. É preciso tempo”.

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Para os lados do City, além da questão do ponta de lança tão desejado, há ainda o facto de Benjamin Mendy, lateral esquerdo francês, continuar em prisão preventiva devido a acusações de violação e abuso sexual. Algo que podia, claro, abanar a equipa.

Futebolista do Manchester City Benjamin Mendy vai ficar em prisão preventiva pelas acusações de violação e abuso sexual

O Arsenal até começou algo atrevido e a pressionar alto o adversário, mas muito cedo o favoritismo do City começou a ser efetivado. Aos 7′, Gundogan fez o 1-0 e feriu a equipa de Arteta, o tal que tem uma estabilidade laboral muito frágil, ainda por cima agora que tem três derrotas em três jogos na Premier League.

Passados 5 minutos, foi Ferran Torres a fazer o 2-0, com o City a demonstrar uma excelente eficácia. A partir deste segundo golo, a equipa de Guardiola, como é hábito, controlou o jogo com bola, mesmo sem criar muitas oportunidades de golo. Mas o encontro estava mesmo “no bolso”.

Mas controladíssimo ficou quando Xhaka, do Arsenal, viu vermelho direto aos 36′ após uma entrada muito dura sobre João Cancelo. Por esta altura, alguns adeptos dos londrinos começavam a abandonar o estádio do City... E com “razão”, porque antes do intervalo, Gabriel Jesus ainda fez o 3-0.

Na segunda parte, Rodri fez o 4-0, mas não há muita história para contar, visto que a dada altura o City tinha 91% de posse de bola e o Arsenal, cujos jogadores esperavam apenas o apito final, ajudavam a equipa de Guardiola a fazer um “treino” de ataque. Já agora, aos 85′, Torres fez o 5-0.

Houve “manita” entre técnicos espanhóis na Premier League, e se o lugar de Arteta está em perigo como se diz, não é com resultados destes que vai deixar de estar. São três derrotas e zero golos marcados. Mas, acima de tudo, é uma total ausência de “tentar” do Arsenal, o que não deve agradar aos adeptos, os que saíram mais cedo e os que aguentaram ver a maior goleada de sempre do City ao Arsenal. E só não houve mais remates certeiros porque Leno, guarda-redes dos gunners, foi o melhor da sua equipa, num encontro que teve 25-1 em tentativas.

A única oportunidade do Arsenal? Na primeira parte, quando Ederson acertou com a bola num jogador adversário…