O Festival Alkantara regressa a Lisboa entre 13 e 28 de novembro numa edição que contará com artistas como Nacera Belaza, Faustin Linyekula e Sonya Lindfors.

Com direção de Carla Nobre e David Cabecinha, o festival internacional de artes performativas decidiu reforçar, este ano, a natureza internacional e de experimentação, contando também com nomes de artistas nacionais como o coreógrafo Francisco Camacho, segundo a organização.

São estes os primeiros nomes avançados para a edição de 2021, que, durante duas semanas, apresentará projetos artísticos de dança, teatro e performance, entre o Espaço Alkantara e as salas dos parceiros habituais do festival, como o Centro Cultural de Belém, a Culturgest, o São Luiz Teatro Municipal, o Teatro do Bairro Alto e o Teatro Nacional D. Maria II.

O festival arranca com “História(s) do Teatro II”, do bailarino e coreógrafo congolês Faustin Linyekula, que assinala o seu regresso a Portugal neste espetáculo — estreado no Festival de Avignon em 2019 — apresentado, em estreia nacional, nos dias 13 e 14 de novembro, na Culturgest.

Linyekula foi o artista convidado da Bienal Artista na Cidade de Lisboa em 2016.

Entre as estreias, o Alkantara conta, também, com “A Onda” (dia 19 de novembro, no São Luiz Teatro Municipal), a mais recente criação da coreógrafa franco-argelina Nacera Belaza, o projeto da artista finlandesa Sonya Lindfors sobre a negritude, “Cosmic Latte” (26, 27 e 28 de novembro, no Teatro do Bairro Alto), e “Cutlass Spring” (25 e 26 de novembro, no São Luiz Teatro Municipal), uma performance com assinatura da canadiana Dana Michel, num trabalho de “etnografia da compreensão sexual e uma arqueologia do desejo”.

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O criador Ali Chahrour, que se apresenta pela primeira vez em Portugal, é outro dos nomes em destaque na edição deste ano, trazendo ao palco o espetáculo “Contado pela minha mãe”, um relato de família que tem como pano de fundo vários temas e acontecimentos relacionados com a sociedade libanesa, mergulhada atualmente uma grave crise política, económica e social.

A obra é apresentada, também em estreia nacional, a 24 e 25 de novembro, no Teatro Nacional D. Maria II.

Relativamente às criações nacionais, o festival conta, entre outros projetos, com a apresentação de “Velh?s” (27 e 28 de novembro, São Luiz Teatro Municipal), do coreógrafo Francisco Camacho, estreada em 2019, focada em questões relacionadas com o envelhecimento da sociedade e dos seus efeitos no seio da comunidade artística.

Como complemento ao espetáculo, será organizado um programa especial de quatro dias intitulado “Dança sem idade”, que inclui a realização do simpósio “Sensibilização para outros corpos”, e atividades práticas para profissionais da dança com mais de 40 anos de idade.

O certame promete “abordar alguns dos principais temas da atualidade, e ser a cada momento um ponto de encontro, de confronto e de experimentação”, entre 13 e 28 de novembro.

Até lá, o Espaço Alkantara está a acolher residências artísticas e outros eventos, nomeadamente “Terra Batida”, uma “rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono” iniciada por Rita Natálio e Marta Lança.

No sábado, às 19:00, será apresentado o sítio ´online´ da rede, e uma conversa com alguns participantes, como Rita Natálio, Alina Ruiz Folini, Ana Rita Teodoro, Joana Levi, Marta Lança, Marta Mestre, Margarida Mendes, Nuno da Luz e Vera Mantero.

A programação completa do Alkantara Festival 2021 só será revelada em outubro, no Espaço Alkantara, em Lisboa, indica ainda a organização.