O grupo político dos Socialistas & Democratas (S&D) no Parlamento Europeu (PE) nomeou esta quarta-feira um coletivo de mulheres no Afeganistão para o prémio Sakharov 2021, pedindo às restantes famílias políticas que apoiem esta escolha.

Segundo uma nota de imprensa do S&D, o grupo – que inclui os eurodeputados eleitos pelo PS — decidiu nomear um coletivo de afegãs que inclui “ativistas, políticas, jornalistas e professoras que têm lutado pelos direitos das mulheres, incluindo nos campos da educação e da participação política, e fizeram elas próprias parte da vida política e associativa no Afeganistão antes de os Talibãs tomarem o controlo” do país.

Os S&D apelam ainda a todos os outros grupos políticos no PE para que apoiem esta nomeação para o prémio que a instituição atribui anualmente para homenagear a liberdade de pensamento.

Devemos utilizar todos os meios possíveis para colocar a questão das mulheres e raparigas afegãs no topo da agenda internacional, para proteger os seus direitos e para proteger os ganhos que foram feitos para as mulheres afegãs nos últimos 20 anos”, refere ainda o comunicado.

Em 2020, o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, no valor de 50 mil euros, foi atribuído à oposição democrática no Azerbaijão.

Entregue pela primeira vez em 1988 a Nelson Mandela e Anatoli Marchenko, o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento é um tributo prestado pela União Europeia ao trabalho desenvolvido em prol dos direitos humanos.

O ex-presidente timorense Xanana Gusmão (1999) e o bispo emérito do Lubango (Angola) Zacarias Kamwenho (2001) integram a lista de laureados.

Os talibãs tomaram o controlo de Cabul em 15 de agosto, depois de terem entrado na capital sem encontrar resistência, com quase todas as províncias debaixo do seu domínio.

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