Os proveitos obtidos nos estabelecimentos de alojamento turístico ao longo do mês de julho atingiram 296,9 milhões de euros no total. Os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que, na comparação com julho de 2019, o período homólogo anterior à pandemia, as receitas totais caíram 44,5%.

Considerando os valores acumulados de janeiro a julho, os operadores turísticos tiveram receitas de 757,5 milhões de euros, mais 9,2% face a 2020, mas muito aquém dos primeiros sete meses de 2019 — queda de 67,5% face aos 2,3 mil milhões então registados.

O rendimento médio por quarto disponível (chamado de RevPAR) ficou em 40,4 euros em julho deste ano. Apesar de estar acima do mês imediatamente anterior (tinha sido 31,4 euros em junho) este valor ainda compara mal com os 70 euros de há dois anos (quebra de 42,2%).

Por outro lado, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 99,9 euros em julho (tinha sido 86,8 euros em junho), já com uma diferença menos acentuada face aos 106,8 euros de julho de 2019 (-6,5%).

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Como o INE já tinha divulgado no final de agosto, apesar de ter havido em julho uma recuperação das dormidas face ao ano passado — +71,9% (para 4,5 milhões) — os valores foram bem inferiores aos observados em julho de 2019 (-45%). No entanto, se entre os turistas do estrangeiro as dormidas afundaram 67,6% face há dois anos, entre residentes o comportamento já foi positivo, observando-se um crescimento de 6,4%. O mercado nacional representou 59% do total.

Dormidas crescem em julho 72% face ao ano anterior, mas ainda estão longe de 2019

Os dados do Instituto Nacional de Estatística dão conta ainda dos dados a nível municipal (há duas semanas só havia por regiões), mostrando que, entre janeiro e julho, o município de Lisboa teve 1,3 milhões de dormidas, uma diminuição de 83,3% face aos 7,9 milhões de há dois anos (-60,1% nos residentes e -87,8% nos não residentes).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, há uma quebra de 44,1% nas dormidas destes sete meses (-1,2% de residentes e -56,1% entre estrangeiros), porque janeiro e fevereiro de 2020 não tinham sido apanhados pela pandemia. Só nesses dois meses do ano passado houve mais turistas em Lisboa do que em todos os sete meses deste ano (1,7 milhões contra 1,3 milhões). As dormidas na capital representaram 10,4% do total do país até julho.

Entre as cidades com maior expressão no turismo nacional, há também, face há dois anos, quebras generalizadas. Em Albufeira, que acumula 9,6% de todas as dormidas do país, a quebra foi de 74,6%; no Funchal -72,4%, no Porto -80,5%, em Loulé -64,1%, e em Portimão -67,8%.