Os trabalhadores da Saint-Gobain em Santa Iria da Azoia, Loures, vão manifestar-se na próxima semana junto à residência do primeiro-ministro para lhe pedir que trave o despedimento coletivo dos 130 funcionários da fábrica, disse, esta quarta-feira, fonte sindical.

“Vamos pedir a intervenção do Governo junto desta multinacional, para que impeça o encerramento da fábrica e defenda os interesses do país e o aparelho produtivo nacional, dado que é a única fábrica do país que produz vidro para automóveis”, disse à agência Lusa Fátima Messias, coordenadora da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

A concentração junto à residência oficial de S.Bento foi decidida pelos trabalhadores que se manifestaram esta quarta-feira junto ao Ministério do Trabalho, onde foi pedida a marcação de uma reunião com a ministra Ana Mendes Godinho.

Segudo Fátima Messias, uma delegação sindical foi recebida por responsáveis do gabinete da ministra, que prometeram o agendamento de uma reunião para breve.

Governo reúne-se com trabalhadores da Saint-Gobain para a semana sobre despedimento

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A FEVICCOM está também a aguardar a marcação de uma reunião, para a próxima semana, com o ministro da Economia, depois de, na sexta-feira, terem protestado junto ao seu Ministério.

“O Governo tem o direito e o dever de intervir neste processo, pois se a fábrica encerrar, o vidro para os automóveis, comboios e autocarros, que ali é produzido, passará a ser importado, o que agravará o défice”, considerou a coordenadora da FEVICCOM.

Os trabalhadores da Saint-Gobain estão decididos a fazer tudo para manter a empresa e os seus postos de trabalho, estando há cerca de 20 dias concentrados junto à fábrica de Santa Iria, fardados, “disponíveis para retomar o trabalho de imediato”.