A candidata do Chega à Câmara de Braga acusou o executivo de ser “inativo” na ajuda às empresas para superarem a crise provocada pela Covid-19 e salientou a necessidade de uma “estratégia de desenvolvimento territorial e social integrada”.

Em declarações à Lusa, Eugénia Santos defendeu isenções de taxas, captação de investimentos, “incremento da mobilidade de mercadorias” na cidade e mais aproveitamento dos recursos humanos formados na Universidade do Minho como medidas para a recuperação económica do concelho.

“Braga está no mesmo ponto de situação que o resto do país, sofremos com a pandemia, está a precisar urgentemente que as empresas retomem”, analisou a candidata.

“Apesar do turismo ter crescido, e foi visível neste período de verão, ainda não conseguimos retomar a economia porque as pessoas ainda não conseguiram equilibrar as contas e, muito provavelmente, só daqui a dois ou três anos conseguirão fazer isso”, alertou.

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Questionada sobre se a autarquia, liderada pela coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), teve um papel ativo na ajuda às empresas no período de confinamento, Eugénia Santos deixou críticas ao executivo.

“A nível de [ajuda às] empresas foi inativo. A câmara não ajudou absolutamente nada as empresas em Braga. [Houve] muitas dificuldades, alguns restaurantes fecharam, alguns cafés fecharam, centros de estética, cabeleireiros… não tivemos ajudas”, disse, lembrando que ela mesmo tem um negócio e que “sofreu muito” com a crise provocada pelo aparecimento do novo coronavírus.

Segundo a candidata, “houve agora alguma ajuda para os restaurantes com isenções de taxas de esplanada, mas Braga não se limita àqueles estabelecimentos e àquelas ruas, e o resto dos empresários não tiveram ajuda absolutamente nenhuma”.

Por isso, salientou, a recuperação económica é uma das apostas do Chega: “Tivemos que definir uma estratégia de desenvolvimento territorial e social integrado. Nós propomos mais captação de investimentos”, disse.

Para o Chega, “o poder local em Braga, enquanto agente ativo na procura de investimentos, é muito importante para trazer mais emprego e maior produção de riqueza”.

Eugénia Santos propõe a “isenção durante um ano das taxas de publicidade, de ocupação do espaço público e disponibilidade de água, não só para as empresas que já cá estão, mas para ajudar à instalação de novas empresas”.

Quanto ao emprego jovem, a candidata apontou a necessidade de “dar um apoio maior aqueles estudantes, sobretudo bracarenses, que saiam da universidade”, explicando que “a autarquia procura muito gabinetes de arquitetura, engenharia e técnicos de determinadas especialidades fora de Braga”.

“Nós temos a Universidade do Minho, tanto o polo em Braga como o polo em Guimarães, e acho que deveríamos apostar muito mais nos jovens, e aí a autarquia tem muita culpa. Existe um apoio à Universidade do Minho, mas não se está a utilizar os recursos humanos que a Universidade podia dar, não só para trabalhar na autarquia, como podia fazer um ele com muitas empresas que temos em Braga”, apontou.

Nas eleições de 26 de setembro, os cabeças de lista à Câmara de Braga são Ricardo Rio (coligação PSD/CDS/PPM/Aliança), Hugo Pires (PS), Bárbara Barros (CDU), Alexandra Vieira (Bloco de Esquerda), Teresa Mota (Livre), Olga Baptista (Iniciativa Liberal), Rafael Pinto (PAN) e Eugénia Santos (Chega).