Marcos Gomes, o “puto” da Iniciativa Liberal que se candidata à presidência da Câmara de Santarém, não se furta à conversa, mesmo com aqueles que ainda não votam, porque é importante saberem que “a política faz andar as coisas“.
No penúltimo dia da campanha eleitoral para as eleições de domingo, Marcos não esconde a satisfação com a “receção muito agradável” que tem tido, tanto junto dos mais velhos, que saúdam a sua prestação no debate realizado na RTP, como dos mais jovens.
Numa ação de campanha no jardim de S. Bento, junto à Escola Secundária Sá da Bandeira, a comitiva, que, além dos cabeças de lista à Câmara e à Assembleia Municipal, Marcos e João Gomes, contou com Afonso Neves e Tiago Prazeres, provocou o debate e foi convidando os jovens para o “evento muito fixe” que a IL realiza na sexta-feira, no Jardim da República, para encerramento da campanha.
“Vamos ter música, comida e bebida. Vai ser muito giro”, convidou, ouvindo de uma jovem a garantia de que vai lá estar porque “vai lá estar o ‘DJ”.
“Estão convidados. Ficam a conhecer a Iniciativa Liberal”, foi dizendo, provocando a discussão de ideias, como no grupo de três jovens em que a conversa se dirigiu para a liberalização das drogas leves, com Marcos Gomes a assegurar que a IL “é o único partido liberal”, aquele que “defende a liberdade das pessoas”.
A abordagem à mesa onde se encontravam três educadoras de infância com um “já votam?” deu mote a uma conversa divertida, com Marcos Gomes a aproveitar para passar os “principais objetivos” da sua candidatura – redução de impostos, desburocratização e mais transparência na gestão municipal – e a receber sugestões, como a de que se bata por espaços para as crianças e jardins e espaços públicos “mais bem tratados”.
Rosa Montez advertiu a jovem comitiva de que não há só um problema com os órgãos autárquicos, pois também os escalabitanos, “uma população muito conservadora, muito apática“, se demitem da sua cidadania.
Ao elogio sobre a intervenção do “puto perante os dinossauros” no debate televisivo, as três deixaram um apelo: “não desistam”. E Marcos Gomes assegurou que não vai defraudar essas expectativas.
Acreditando num “bom resultado” na eleição de domingo, “fundamental para conseguir trazer a novidade para Santarém”, o candidato liberal disse à Lusa que, mesmo que não seja eleito, continuará a defender as ideias em que acredita.
“Já que tanto apregoava que era preciso mudança, tinha o dever de trabalhar nessa mudança. Foi isso que me fez sair da minha zona de conforto”, afirmou, salientando que tem visto “Santarém parada” e “sem soluções”, com políticas que se têm “repetido ao longo dos mandatos”.
Como exemplo da forma como se tem exercido a política autárquica escalabitana, Marcos Gomes apontou a ausência de resposta às questões que são colocadas ao executivo municipal, como aconteceu muito recentemente com a pergunta que enviou ao atual presidente, o social-democrata Ricardo Gonçalves, sobre o que dizer aos vendedores do mercado diário, que continuam sem saber se terão de abandonar o espaço provisório onde se encontram para que se realize o Festival Nacional de Gastronomia (FNG).
Lembrando que a requalificação do edifício do mercado municipal obrigou à deslocalização dos vendedores para a Casa do Campino, Marcos Gomes anotou a preocupação que lhe manifestaram, na ação de campanha que o levou àquele espaço, e questionou a autarquia.
Para o candidato da IL, os vendedores têm o direito de saber se o FNG, que tradicionalmente se realiza em outubro, vai ou não acontecer, pois, em 2019, tiveram de abandonar o espaço para a realização do evento.
“Isto não é normal. Estamos a falar do trabalho das pessoas, da vida das pessoas e as pessoas precisam de uma resposta”, disse, salientando que esta postura só confirma o que a IL tem vindo a afirmar, de que “o município não dá resposta às pessoas, não se preocupa com o dia-a-dia das pessoas”.
O atual presidente do município escalabitano, Ricardo Gonçalves (PSD), concorre a um terceiro mandato, candidatando-se, ainda, à presidência da Câmara de Santarém, nas eleições de domingo, o socialista Manuel Afonso, a bloquista Fabíola Cardoso, o comunista André Gomes, pela CDU, o dirigente do Chega Pedro Frazão, o técnico de recursos humanos Alexandre Paulo (CDS-PP), a docente de informática e robótica Rita Lopes (PAN) e o gestor de produto Marcos Gomes (IL).