Em sete jornadas, o Benfica leva sete vitórias. Os 19 golos que o Benfica marcou nestas sete jornadas são o melhor registo dos últimos sete anos, desde 2014/15. E essas sete vitórias em sete jornadas são o melhor arranque do Benfica na Primeira Liga em 39 anos, desde 1982/83 e com Sven-Göran Eriksson. Este sábado, contra o V. Guimarães, os encarnados continuaram esse percurso.

Vertonghen, a cura discreta para todas as doenças (a crónica do V. Guimarães-Benfica)

A equipa de Jorge Jesus derrotou os vimaranenses e manteve as distâncias para o FC Porto e para o Sporting, assegurando a confortável liderança isolada da Primeira Liga na antecâmara da receção ao Barcelona, na próxima quarta-feira e para a Liga dos Campeões. Um dos principais fatores decisivos neste arranque positivo do Benfica tem sido a eficácia, sendo que os 11 golos que os encarnados marcaram nas últimas três jornadas representam 58% do total de apontados na Primeira Liga — e aí, Yaremchuk começa a ter cada vez mais peso. O avançado ucraniano marcou duas vezes ao V. Guimarães e na flash interview, após o apito final, limitou-se a dizer que só está a cumprir o que lhe pedem.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Estou aqui para marcar golos e ajudar a equipa. Quero agradecer à equipa e ao staff técnico pela confiança. Estou muito feliz por ter marcado hoje. Todos os dias trabalho arduamente para marcar golos. O ambiente esteve bom, obrigado aos nossos adeptos. É um grande privilégio jogar pelo Benfica. Fizemos um bom jogo. Ganhámos e estamos confiantes, que é o que é importante. Marcar golos é o meu trabalho aqui. Se eu não marcar, alguém irá marcar”, disse Yaremchuk.

Já Jorge Jesus, que durante a partida esteve sempre algo insatisfeito quando a equipa perdia o controlo do meio-campo, defendeu que a conquista dos três pontos “começou na qualidade de jogo do Benfica”. “Sobretudo na primeira parte e durante 5 a 10 minutos da segunda, até às substituições. O Benfica fez um jogo de muita qualidade ofensivamente. Na primeira parte podíamos ter saído a ganhar por 3 ou 4-0, com situações de golo quase dentro da pequena área. Fizemos dois e ao intervalo disse aos jogadores que tínhamos de fazer o terceiro para tirar o adversário do jogo”, atirou o treinador encarnado, reconhecendo depois que a equipa caiu no segundo tempo e com as alterações.

“Com o 3-0, começámos já a pensar um pouco no Barcelona e a mexer na equipa. A equipa achou que o 3-0 dava alguma segurança e deu para ganhar, mas o V. Guimarães começou a ter mais bola no corredor central e a carregar na nossa última linha. Ainda assim, nada que nos preocupasse em termos de oportunidades. Os jogadores que entraram não seguraram tão bem a equipa defensivamente sem bola e com bola perdíamo-la com facilidade. Faltou-nos um segundo médio como o João Mário, capaz de segurar e organizar”, disse, referindo-se principalmente a Gedson Fernandes e Meïté, que entraram para os lugares de João Mário e Weigl.

Jesus explicou ainda o momento mais tenso com Darwin, já na segunda parte: na sequência de um lance em que perdeu a bola e foi alertado pelo banco, o avançado uruguaio gesticulou de volta e até se pensou que pudesse sair de imediato, porque o treinador chamou Pizzi logo depois, embora tenha ficado em campo. “Vocês têm de perceber que o diálogo entre treinador e jogadores é isso mesmo. O treinador dá instruções para fazer o que acha que é melhor. Às vezes, os jogadores não acham que é o melhor e isso é normal. Por isso é que não o tirei. Naquela jogada, eu disse que ele tinha de ser mais rápido a decidir. Não havia motivo para o castigar por nada. Tem de haver diálogo, o treinador é que decide. Mas já tinha na cabeça que ia sair o Roman [Yaremchuk] e não ele. Não era por aquela jogada que ia tirá-lo”, detalhou o técnico.