Um barco pesqueiro com 686 migrantes a bordo chegou a Lampedusa na noite da passada segunda-feira, depois de ser intercetado e acompanhado até ao porto pela Guarda Costeira, um dos maiores desembarques naquela pequena ilha italiana.

O antigo pesqueiro de 15 metros de comprimento atracou por volta das 23h00 de segunda-feira no porto Favarolo, em Lampedusa, no extremo sul da Itália e a poucos quilómetros da costa norte-africana, e os trabalhos de identificação e triagem por causa do coronavírus foram concluídos depois das 01h00 desta terça-feira. Cinco dos migrantes tiveram que ser assistidos.

Este é um dos maiores desembarques na ilha nos últimos anos e os migrantes, incluindo mulheres e crianças, são provenientes do Egito, Chade, Marrocos, Síria, Bangladesh, Sudão, Nigéria, Etiópia, Senegal e da costa de Zuwara, na Líbia.

Os migrantes foram encaminhados para o centro de acolhimento de Lampedusa, com capacidade para 250 pessoas, mas onde vivem atualmente 1.091.

Nas horas imediatamente anteriores, houve outros cinco desembarques na ilha, com um total de 119 pessoas.

Segundo o Ministério do Interior de Itália, chegará esta terça-feira a Lampedusa um dos navios de passageiros usados para a quarentena de migrantes e para aliviar o centro de acolhimento.

Por outro lado, o navio Geo Barents, da organização não-governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras, espera por um porto há uma semana depois de ter resgatado 60 pessoas.

Segundo dados do Ministério do Interior, até segunda-feira, 44.778 migrantes chegaram ao país neste ano, em comparação com os 23.517 contabilizados no mesmo período do ano passado.

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