Depois de um anúncio atribulado da Microsoft, a próxima versão do sistema operativo mais utilizado em todo o mundo — o Windows 10 — fica oficialmente disponível esta terça-feira. Apelidado de Windows 11, este software traz um novo visual, funcionalidades melhoradas e até um modo pensado para quem já não usa um rato e só quer computadores se puder controlá-los a tocar no ecrã. Abaixo, em quatro pontos, explicamos a principais novidades. Mas, primeiro, frisamos um ponto importante: antes de tentar instalar a nova versão do Windows, confirme se o seu computador consegue suportá-la.

Requisitos mínimos para instalar o Windows 11

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De acordo com a Microsoft, necessita de ter um computador que tenha, no mínimo, estas características e componentes para instalar o Windows 11.

  • “Processador
    1 gigahertz (GHz) ou superior com 2 ou mais núcleos num processador compatível de 64 bits ou SoC (Sistema num Chip)
  • Memória RAM
    4 GB
  • Armazenamento
    Dispositivo de armazenamento de 64 GB ou superior
  • Firmware do sistema
    UEFI com suporte para Arranque Seguro. Consulte esta ligação para obter informações sobre como configurar o seu PC para cumprir este requisito.
  • TPMv
    TPM (Trusted Platform Module) versão 2.0. Consulte esta ligação para obter instruções sobre como configurar o seu PC para cumprir este requisito.
  • Placa gráfica
    Compatível com DirectX 12 ou posterior com controlador WDDM 2.0.
  • Ecrã
    Ecrã de alta definição (720p) com mais de 9 polegadas (diagonal), 8 bits por canal de cor.
  • Ligação à Internet
    A configuração do Windows 11 Home necessita de uma conta Microsoft e de ligação à Internet.

Para efetuar a atualização o dispositivo tem de estar a executar o Windows 10, versão 2004 ou posterior. Atualizações gratuitas disponíveis através do Windows Update em Definições>Atualização e Segurança.”

Apesar de a atualização gratuita para quem tem o Windows 10 não ficar disponível automaticamente para todos os aparelhos esta terça-feira — vai ser feita de forma progressiva até 2022, como explica a Microsoft –, o antigo software começou a ser passado. Ou seja, a partir de agora, se comprar um novo computador com Windows, este já deverá vir equipado com o Windows 11.

Consegue instalar? Mesmo que não seja o caso e tenha ficado a pensar comprar um computador novo, não desespere: por vezes, no início de lançamento de sistemas operativos, convém esperar umas semanas, ou até meses. Há sempre erros informáticos e surpresas que só são melhoradas com o tempo. Afinal, há um novo menu “Iniciar” que ainda não saiu e já tem recebido fortes críticas que fazem lembrar o polémico lançamento do Windows 8.

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Do Android à loja para criadores. Como o Windows 11 quer “ser a base da próxima web”

Algumas máquinas com o Windows 10 instalado poderão não suportar a nova versão do software, diz a empresa norte-americana. Nas páginas de apoio, a Microsoft não é clara relativamente a quais máquinas não suportarão a atualização. Contudo, além de especificar os requisitos mínimos, deixa também uma promessa: até 14 de outubro de 2025 o Windows 10 continuará a ser atualizado.

Há um novo menu “Iniciar”

Direita, esquerda ou centro? Segundo a Microsoft, a virtude está mesmo no centro, que é onde o menu “Iniciar” (o painel do sistema para se ter acesso a todos os programas) passou a estar no fundo do ecrã. Pode parecer uma mudança pequena, mas esteticamente é a alteração do sistema operativo que os fãs do software vão logo notar. Até hoje, a Microsoft tinha optado por ter o botão do menu “Iniciar” no fundo esquerdo do visor.

A posição do menu “Iniciar” pode ser mudada nas configurações. No entanto, mesmo que mude o lado, depois de aberto, a disposição dos programas também passou a ser apresentada de forma diferente, estando, por exemplo, o menu de pesquisa agora integrado neste acesso.

[O vídeo de apresentação do Windows 11 que mostra o Menu Iniciar no centro do ecrã]

Além da nova apresentação, o menu usa a cloud e vai passar a mostrar também aplicações e documentos recomendados, mesmo que estejam noutros aparelhos que utiliza — como um smartphone.

É mais fácil ligar e desligar o computador de um segundo e terceiro ecrã

Liga e desliga o seu computador portátil várias vezes de um segundo ou terceiro monitor? Se o faz com um dispositivo Windows, deve estar habituado a reorganizar várias vezes janelas abertas e ícones no ambiente de trabalho. Agora, com o Windows 11, a Microsoft promete que isso passou a ser uma tarefa do passado. Se anda com o computador de um lado para o outro, o sistema passa a minimizar automaticamente as janelas abertas, sabendo a disposição que tinha configurada com um, dois ou até três ecrãs.

Quase quatro décadas em janelas. Lembra-se de todos os Windows que já foram lançados?

Quando houver problemas, passará a ver um “black screen of death” em vez de um “blue screen of death

Com qualquer computador, especificamente um com o sistema operativo Windows, a questão não é “se” vai acontecer algum problema, é “quando” é que vai acontecer. Quem utiliza este programa informático já se terá deparado com um “blue screen of death” (ecrã azul da morte, em português). Desde há muitos anos que assim é: até aconteceu a Bill Gates, fundador da empresa, durante uma apresentação nos anos 90. Este ecrã surge quando há um erro grave do sistema que obriga a reiniciá-lo. Como avançou o The Verge, quando acontecer uma falha, o ecrã vai passar a ter fundo preto.

[O momento da apresentação do Windows 98 em que aparece um “blue screen of death” a Bill Gates]

Um Windows pensado para o toque e outras novidades

O Windows traz também uma nova loja de aplicações para computadores e a promessa de, um dia, poder usar no PC apps dos smartphones Android, integração com o Teams e modos automáticos para melhorar a visualização dos programas que utiliza. Contudo, sendo maioritariamente uma alteração de visual a pensar nos computadores do futuro, a Microsoft volta a ter como objetivo facilitar a utilização do sistema em ecrãs tatéis.

Na prática, com o Windows 11 a empresa largou o “modo tablet” e optou por redesenhar os ícones das janelas para que, mesmo que não esteja a utilizar um rato e tenha um ecrã touch, consiga carregar onde pretende. Com isto, há também um novo teclado tátil para quem só utiliza os computadores como se fossem um tablet — até com caneta digital, que agora tem mais opções.