O novo presidente da Câmara da Guarda, o independente Sérgio Costa, disse este sábado, no discurso de tomada de posse, que irá lutar “para que a coesão territorial seja uma realidade” e promete uma governação irreverente.

“Na nossa campanha fomos irreverentes, assumimos desde o primeiro segundo que o nosso supremo compromisso é com a Guarda e com os guardenses. Na nossa governação, seremos também irreverentes”, afirmou Sérgio Costa.

O autarca, que entre outubro de 2013 e março de 2020 fez parte do executivo como eleito pelo PSD, e posteriormente passou a vereador sem pelouros e liderou a candidatura independente “Pela Guarda”, conquistou a presidência da autarquia ao social-democrata Carlos Chaves Monteiro, que em abril de 2019 substituiu Álvaro Amaro, quando foi para o Parlamento Europeu.

A candidatura de Sérgio Costa obteve 36,22% dos votos e garantiu três mandatos, seguindo-se o PSD com 33,68% (com igual número de mandatos) e o PS com 17,98% dos votos e um mandato.

Na tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, que decorreu na sala António de Almeida Santos, no edifício dos Paços do Concelho, o autarca afirmou que dirigirá a sua ação “para que a coesão territorial seja uma realidade”.

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“Não nos desviaremos um milímetro da nossa luta pela Guarda. Exigiremos os nossos direitos como portugueses e lutaremos para que a coesão territorial seja uma realidade. Seremos completamente intransigentes com quem governar em Lisboa, quando se tratar de defender os guardenses”, vincou Sérgio Costa.

E acrescentou: “Seremos incansáveis enquanto a Guarda não tiver, efetivamente, a mesma qualidade nos serviços que o Estado português tem a obrigação constitucional de oferecer a todos os portugueses. Queremos uma saúde de excelência e o cumprimento da promessa da totalidade da segunda fase das obras do Hospital de Sousa Martins”.

Para Sérgio Costa, “os profissionais de saúde têm de ser acarinhados e terem perspetivas de futuro na sua carreira profissional na Guarda”, por isso, anunciou que irá entregar um “caderno de encargos e necessidades” à tutela do Governo “em mão”.

“E não descansaremos enquanto ele não for cumprido. Pugnaremos para que a saúde na Guarda não seja adiada ou protelada. Nós iremos cumprir a nossa parte. O Governo da nossa nação tem de cumprir a sua”, rematou.

No seu discurso, disse que aceita a responsabilidade de liderar o novo executivo municipal, mas comprometeu-se “a dialogar e a trabalhar com todos e para todos e encontrar consensos”.

“E é com sentido de missão e responsabilidade que aceitamos esse desafiante e enorme encargo que nos deram. Mas esta responsabilidade não é apenas nossa, deve ser partilhada com as outras forças políticas representadas no executivo e na Assembleia Municipal. Todos devemos aceitar a voz do povo e a vontade da Guarda e assumir a responsabilidade de trabalhar em conjunto para o bem futuro de todos nós”, frisou Sérgio Costa.

O novo executivo da Câmara Municipal da Guarda é composto por três eleitos do movimento “Pela Guarda” (Sérgio Costa e as vereadoras Diana Monteiro e Amélia Fernandes), três do PSD (o ex-presidente Carlos Chaves Monteiro, Lucília Monteiro e Vítor Amaral) e um do PS (Luís Couto).