A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta segunda-feira que não é expectável que a administração simultânea das vacinas contra a Covid-19 e contra a gripe aumente o risco de efeitos secundários.
“A eficácia e segurança das vacinas permanece idêntica no caso da coadministração ou no caso da administração em separado”, afirmou Marta Temido aos jornalistas, numa visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada. “ De qualquer forma, qualquer vacina pode causar alguma reação e as pessoas devem estar atentas ao seu próprio organismo”, acrescentou.
A ministra da Saúde realçou ainda que é esperado que o ritmo de vacinação se intensifique em novembro uma que vez que a “vacinação exige que se combine muito bem os prazos de entrega”, sendo que as pessoas vão continuar a ser convocadas através dos “mecanismos habituais”, com a garantia de que o Governo está a fazer alguns ajustes “para que as situações que têm dado azo a dúvidas em quem recebe os sms sejam clarificadas”.
Marta Temido admitiu ainda alguma “apreensão” pelo facto de em 2020 praticamente não terem existido casos de gripe, o que pode ter impacto ao nível da imunidade, até porque a vacina é feita com base nas estirpes do vírus que circularam no ano anterior.
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“O ano passado estivemos todos mais protegidos em termos do que foi a nossa exposição à gripe e infeções respiratórias em geral. Portanto, vamos ter de acompanhar. Vai ser um inverno que se apresenta na sequência de um período de confinamento prolongado, em alguns casos de menor utilização de serviços de saúde, portanto temos de estar atentos”, reforçou.
Marta Temido adiantou ainda que o Governo está a trabalhar na revisão de uma norma sobre a vacinação contra a Covid-19 de pessoas que recuperaram a doença. A norma, diz a ministra, “será adaptada em função dessa circunstância, mas sobretudo do que é a indicação clínica”.