O padre da Diocese de Viseu que está a ser investigado devido ao envio de mensagens de cariz sexual a um jovem de 13 anos diz ser inocente e admite apresentar queixa contra “quem mente e calunia” de forma inqualificável”.

O padre quebrou o silêncio numa mensagem enviado aos paroquianos de Viseu e partilhada nas redes sociais, de acordo com o Público e com o Correio da Manhã. “Apetecia dizer em bom português vão chamar pedófilo à p*** que os pariu… mas sou educado, sempre fui e sempre serei”, lê-se na mensagem intitulada “Nota breve e única”, em que o padre diz que vai manter o silêncio porque “é o maior e melhor aliado da inocência e da justiça”.

Além disso, o padre de 46 anos pede ajuda aos paroquianos: “Quem estiver disposto a defender-me e a estar comigo nesta luta (…) envie-me mensagem privada ou na sequência desta nota.”

Padre da Diocese de Viseu investigado por alegadas mensagens de cariz sexual enviadas a menor. PJ diz haver “alguns indícios”

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O caso do padre da Diocese de Viseu, afastado em agosto dos serviços diocesanos pelo bispo de Viseu, D. António Luciano, foi revelado na semana passada pelo Correio da Manhã. O pai do jovem de 13 anos apresentou queixa ao Ministério Público depois de o filho lhe mostrar mensagens de teor sexual enviadas pelo padre que, segundo o CM, também terá tentado beijar e apalpar o menor durante um almoço em março deste ano.

A Polícia Judiciária, que apreendeu o telemóvel e o computador do padre, diz que “existem alguns indícios contra o padre” e que os inspetores apresentaram um relatório, em setembro, ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Viseu.

Esta segunda-feira, de acordo com o Correio da Manhã, o jovem vai ser ouvido em tribunal para memória futura, sendo que a defesa do padre também estará presente.