O procurador distrital de Frankfurt continua a perseguir os construtores alemães – ou que comercializam veículos da Alemanha – que prevaricaram, no que diz respeito à venda de modelos com motores a gasóleo que poluem mais do que anunciam. Se pensava que este tema estava resolvido, depois das penalizações impostas a infractores como a Volkswagen, BMW e Mercedes, eis que surge mais uma vítima da justiça germânica: a Opel.

A marca do relâmpago começou por ser confrontada com a acusação de ter vários modelos equipados com motores turbodiesel que poluem mais em condições reais de utilização do que durante os testes em banco de ensaio, os exigidos pela homologação europeia segundo o método WLTP, sobretudo em termos de valores relativos aos óxidos de azoto (NOx). Isto levou a Federal Motor Transport Authority e o procurador de Frankfurt a investigar a suspeição de fraude e a manipulação de emissões de escape.

Ao contrário do que aconteceu com o Grupo VW, a Opel optou por aceitar uma multa pesada, de 64,8 milhões de euros, para desta forma fazer desaparecer o processo que poderia levar a marca a estar exposta a multas de maiores proporções. Para a “suavidade” com que a justiça germânica tratou a Opel, muito contribuiu o facto de o tribunal nunca ter encontrado dispositivos ilegais capazes de manipular as emissões.

Depois de terem sido confirmadas emissões poluentes superiores aos dados anunciados pelo construtor, a Federal Motor Transport Authority confrontou a Opel que, em vez de contestar as acusações, optou por pagar a multa de quase 65 milhões de euros e fazer o problema desaparecer.

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