Os exames nacionais do ano letivo 2021/2022 vão manter as perguntas opcionais, à semelhança do que aconteceu nos últimos dois anos. O modelo vai combinar perguntas de carácter obrigatório com algumas facultativas, informou esta terça-feira o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) num documento publicado no site oficial.

Funcionando como uma forma de os alunos não serem prejudicados pela pandemia e pelo ensino em casa, o IAVE decidiu continuar com esta medida. Os estudantes podem responder a todas as questões opcionais, tendo em conta que apenas serão contabilizadas “para a classificação final as respostas aos itens em que os alunos obtenham melhor pontuação”.

As restantes questões consistem num “conjunto de itens cuja resposta é obrigatoriamente contabilizada para a classificação final”, incidindo “em competências e conhecimentos desenvolvidos e consolidados ao longo do percurso escolar”. Igualmente ao que aconteceu nos últimos anos, já foram publicados no site do IAVE, para cada exame nacional, os objetos de avaliação de cada disciplina.

Esta informação publicada pelo IAVE contradiz com aquilo que o secretário de Estado e Adjunto da Educação, João Costa, defendeu em setembro. “A não ser que tenhamos outra vez — esperemos que não e tudo indica que não — alguma excecionalidade, o caminho é o da retoma da normalidade também a respeito da avaliação externa”, disse na altura.

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Exames nacionais e provas de aferição deverão “retomar a normalidade” este ano

O organismo ainda não avançou quantas perguntas facultativas terá cada exame. No último ano letivo, após a inflação de notas que ocorreu em 2020, o IAVE decidiu aumentar as respostas obrigatórias de forma a não permitir que os alunos fujam a todos os temas que não dominam. A diferença para 2020 foi notória, já que em alguns casos foi preciso responder até três vezes mais perguntas obrigatórias.