O Banco Central Europeu (BCE) deve manter a sua política monetária expansionista na reunião desta quinta-feira, optando pela prudência e seguindo de perto a subida da inflação.
Até agora, a presidente do BCE, Christine Lagarde, tem afirmado que é preciso evitar “reações exageradas” à subida dos preços na zona euro, num momento em que a recuperação da crise pandémica continua frágil e condicionada pela crise mundial nas cadeias logísticas.
A taxa de inflação, impulsionada pelos custos da energia, subiu em setembro para 3,4%, um nível que não era visto há 13 anos e que ultrapassa o objetivo simétrico de 2% definido pelo BCE. Deverá atingir mais de 4% até ao fim do ano, segundo os analistas.
Os mercados continuam, no entanto, à espera de qualquer sinal no final da reunião sobre a forma como o banco vai gerir a saída dos enormes programas de apoio à economia adotados no início da pandemia.
As compras de dívida no âmbito do programa PEPP (Pandemic Emergency Purchase Programme), com um volume total de 1,85 biliões de euros, terminam em finais de março de 2022 e o BCE terá de discutir o que se segue, para garantir uma transição suave nos mercados habituados a injeções maciças de liquidez.
Essa discussão e as decisões mais importantes são esperadas na reunião de 16 de dezembro.