Nuno Melo vai entregar ao Conselho de Jurisdição Nacional uma impugnação para que todas as deliberações tomadas no Conselho Nacional de sexta-feira sejam consideradas nulas e, assim, manter as eleições internas do CDS agendadas para o final de novembro.
Numa conferência de imprensa a partir do Porto, o candidato à liderança do CDS acusou Francisco Rodrigues dos Santos de estar em “pânico” e por isso a fugir dos “votos dos militantes”, com o único objetivo de receber a “caridade” do PSD e assim chegar ao Parlamento.
“Nunca o CDS bateu tão fundo. Não é normal em democracia, menos ainda num partido com os pergaminhos de um partido como o CDS. Francisco Rodrigues dos Santos quis fugir com medo de perder. Tenho pela frente uma luta pela decência e pela legalidade. Eu não abandono.”
Líder do CDS vence batalha e consegue adiar eleições. E agora, Melo?
Na sexta-feira, o Conselho Nacional de Jurisdição deu razão ao candidato à liderança do CDS, considerando “nula e sem qualquer efeito a convocatória do Conselho Nacional”, segundo um documento a que a Lusa teve acesso, uma vez que a convocatória para a reunião não teria sido feita segundo as normas do partido.
Ainda assim o Conselho Nacional reuniu e o seu presidente, Filipe Anacoreta Correia, admitiu a realização de uma nova reunião do órgão máximo do partido entre congressos para ratificar as decisões tomadas nesta reunião e afastar dúvidas quanto à legalidade.
Este sábado, o ex-secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes anunciou a sua desfiliação do partido, considerando que “o CDS das liberdades deixou de existir”, tendo sido seguido por alguns outros militantes.
Nuno Melo garantiu que se for eleito, “no dia a seguir” irá “pedir pessoalmente a esses militantes para voltarem para o partido”.