A maioria dos portugueses (59%) concorda com eleições antecipadas, ainda que 54% considerem que antecipar as legislativas “é mau para o país” — sobretudo o eleitorado que se situa na faixa etária entre os 50 e os 64 anos —, de acordo com uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF. Ainda no mesmo tópico, 25% não estão de acordo e 16% não têm opinião sobre a matéria.

Marcelo Rebelo de Sousa fala esta noite ao país. Será o momento em que anunciará a dissolução da Assembleia da República e a data das eleições legislativas antecipadas.

Tendo em conta a gestão da crise política feita por Marcelo Rebelo de Sousa, 42% dos portugueses dão nota favorável ao presidente da República, contra os 26% que optam por fazer uma avaliação negativa — 27% dos inquiridos optaram por uma resposta neutra.

Mais de metade dos inquiridos (53%) gostaria que o PS tivesse negociado um novo Orçamento do Estado com o PSD, enquanto 30% desprovam a ideia de um entendimento entre os dois maiores partidos.

Quando a pergunta é se o Governo deve ou não demitir-se, 44% respondem que não, estando de acordo com Marcelo Rebelo de Sousa que assegurou que não demitiria o Governo mesmo num cenário de eleições antecipadas.

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 41% dos inquiridos consideram favorável que “o Governo seja despedido”. Quem, em 2019, votou PS, BE e CDU é da opinião que Costa deve manter-se no cargo de primeiro-ministro — o contrário é sinalizado pelos eleitores do PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

Em cenário de eleições antecipadas, António Costa surge como o favorito na sondagem, com 43% dos portugueses a apontarem para uma vitória do PS. No entanto, 68% dizem não acreditar que seja possível uma maioria absoluta nas próximas legislativas — a opinião é unânime face a região, género, idade, classes sociais e voto, embora seja mais evidente entre aqueles que votaram mais à esquerda (CDU e BE) e mais à direita (Chega e IL).

Esta sondagem foi realizada entre 28 e 31 de outubro de 2021, sendo que foram recolhidas 803 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. Tem uma margem de erro de 3,46%, tendo um nível de confiança de 95%.