As pessoas que, por sua decisão, não se vacinarem contra a Covid-19 em Singapura vão ter de pagar as despesas hospitalares do seu próprio bolso caso venham a adoecer e necessitar de tratamento médico. A informação consta num comunicado de imprensa do Governo.

O Ministério da Saúde justificou que “atualmente, as pessoas não vacinadas constituem uma maioria considerável daqueles que requerem cuidados intensivos em internamento e contribuem de forma desproporcional para o desgaste dos nossos recursos de saúde”.

O país já não assume os custos médicos de quem teste positivo logo após a chegada a Singapura. O Ministério da Saúde afirma que esta medida serve para “evitar que as considerações financeiras aumentassem a incerteza e preocupação do público quando a Covid-19 era uma doença emergente e desconhecida”.

O Governo continuará a assumir os custos de quem está vacinado e de quem não pode ser vacinado, mas só vai cobrir as despesas das pessoas a meio do processo de vacinação até 31 de dezembro.

Ong Ye Kung, ministro da Saúde, assumiu que esta é uma estratégia para persuadir quem ainda não foi inoculado a procurar a vacina. “Os hospitais realmente preferem não ter de cobrar estes doentes, mas temos de enviar este importante sinal para exortar todos a vacinarem-se, se forem elegíveis”, disse ele.

A situação epidemiológica em Singapura ainda não ameaça a integridade do serviço nacional de saúde, mas o responsável pela pasta da saúde defendeu que “não devemos baixar a guarda e [temos de] evitar o ressurgimento de casos que podem mais uma vez ameaçar sobrecarregar o sistema de saúde”.

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