O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, afirmou esta quarta-feira que a rede 5G vai permitir que todas as freguesias dos Açores tenham acesso à internet com “qualidade” nos próximos dois anos.

Em declarações à agência Lusa, Cadete de Matos afirmou que “em resultado do leilão do 5G”, que terminou há duas semanas, os operadores vão ter a “obrigação de garantir em toda a região dos Açores” uma “cobertura com qualidade de serviço bastante elevada”.

Em todos os municípios, em todas as freguesias dos Açores, vai ter de haver uma cobertura de pelo menos 75% da população, em menos de dois anos, até 2023, com uma cobertura de 100 megabytes em termos da qualidade de serviço da internet”, declarou.

O presidente da Anacom acrescentou que “dentro de quatro anos, até 2025”, a cobertura de 100 megabytes vai ter de abranger “pelo menos 90% da população” açoriana.

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“Vamos ter uma transformação muito substancial na qualidade do acesso a dados, no acesso da internet, através da rede móvel, em todas as freguesias, em todas as ilhas dos Açores”, assinalou.

João Cadete Matos realçou, também, que no âmbito do 5G os “operadores vão ter de dar resposta” a todas as instituições e centros empresariais que queiram ter uma estação com aquela tecnologia de quinta geração.

“Relativamente ao 5G, os operadores também vão estar obrigados a satisfazer os pedidos que sejam feitos na Região Autónoma dos Açores, nomeadamente ao nível dos aeroportos e dos portos, mas também das universidades, hospitais e, muito importante, dos centros empresariais”, assinalou.

Sobre essas obrigações resultantes do leilão do 5G, Cadete de Matos considerou que são “duas transformações muito importantes” para que “todos os consumidores tenham acesso a internet de qualidade”.

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações está em São Miguel, nos Açores, onde vai participar na inauguração do novo Centro de Monitorização do Espetro da Anacom, em Ponta Delgada.

“O centro já existe há vários anos nos Açores, mas não estava dotado dos equipamentos que permitem que a equipa que trabalha em permanência desempenhe melhor a sua função e tenha uma interligação com os outros centros de monitorização”, destacou, referindo que a intervenção custou cerca de 400 mil euros.

Segundo disse, aquele centro de monitorização permite à Anacom “acompanhar permanentemente as interferências que possa haver no espetro, nomeadamente nas comunicações”.