Três detidos pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) por alegada prática de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento ter-se-ão apropriado de imóveis e dinheiro num valor superior a 1,5 milhões de euros, revelou hoje fonte policial.
Em comunicado, a PJ explica que a investigação foi iniciada na sequência da comunicação de operações bancárias suspeitas, realizadas por um dos elementos deste grupo, apurando-se, entretanto, que os montantes em causa “eram provenientes de burlas, que permitiam aos autores integrar na sua esfera patrimonial diversos bens por via testamentária”.
Os suspeitos, entre os quais se inclui uma solicitadora e um empresário, ter-se-ão apropriado deste modo dos imóveis e dinheiro, de montantes superiores a 1,5 milhões de euros, “tendo sido possível apreender cautelarmente mais de quatrocentos mil euros”, segundo a autoridade policial.
Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
PJ/Norte detém dois suspeitos de burlas com recurso a procurações falsificadas
Além dos três detidos anteriores, mais duas pessoas falsificaram procurações que lhes permitiram apoderar-se de bens de terceiros através de contratos de compra e venda forjados, segundo uma investigação da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, que anunciou esta quarta-feira a detenção dos suspeitos.
Buscas realizadas durante a operação permitiram à polícia apreender uma viatura e uma moto de gama alta, bem como cerca de oito mil euros.
Os envolvidos são um homem de 41 anos e de uma mulher de 46, que vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação tidas por adequadas, indiciados pela presumível prática de crimes de burla qualificada e de falsificação de documentos.
“No desenvolvimento da investigação em curso, foi possível recolher fortes indícios de que os suspeitos através de falsificação de procurações, elaboraram contratos de compra e venda de imóveis, que registaram na Conservatória do Registo Predial, e que eram pertencentes a terceiros”, descreve a polícia, em comunicado.