Um autorretrato de Frida Kahlo foi vendido na terça-feira por 34,9 milhões de dólares (cerca de 31 milhões de euros), o preço mais alto de uma pintura de autoria de um artista latino-americano.

A obra, “Diego y yo” (Diego e eu), de 1949, foi vendida num leilão conduzido pela Sotheby’s, em Nova Iorque, ao fundador do Museu de Arte Latino-americana em Buenos Aires (Argentina), Eduardo Constantini, que a vai manter na sua coleção privada. A identidade do vendedor é desconhecida. A peça já tinha trocado de mãos em 1990, também num leilão da Sotheby’s, onde foi vendida por 1,4 milhões de dólares (cerca de 1,2 milhões de euros), segundo a Aljazeera.

Sotheby's New York Marquee Evening Sales - The Macklowe Collection

O quadro que foi agora vendido por 31 milhões de euros

A pintura retrata uma imagem de Frida Kahlo com lágrimas a escorrer pela cara, com a figura do marido, Diego Rivera, na testa. Esta representação será referente ao casamento instável que Frida tinha com Diego e à relação extraconjugal que o pintor mexicano manteve com Maria Felix, atriz mexicana que era amiga próxima de Frida. O artista teve, também, um caso com a irmã de Frida, Cristina Kahlo.

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Artists Diego Rivera and Frida Kahlo

Diego Rivera e Frida Kahlo

O antigo recorde da obra de um artista latino-americano mais cara pertencia, precisamente, à pintura “The rivals”, de Diego Rivera, que foi vendida por 9,76 milhões de dólares (cerca de 8,6 milhões de euros).

Frida Kahlo morreu em 1954, aos 47 anos, com uma embolia pulmonar, mas a sua obra, que incluía pinturas de temas controversos e que representavam a experiência feminina tornou a artista num ícone feminista.