786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

CNN Portugal arranca esta segunda-feira. O que já se sabe sobre o novo canal

Este artigo tem mais de 2 anos

Substitui a TVI24 a partir desta segunda-feira e promete "mais do que uma mudança de imagem". Nuno Santos é o diretor do canal de informação que também vai transmitir programas da casa mãe americana.

Estação diz que presença no pequeno ecrã será tão forte quanto nos meios digitais
i

Estação diz que presença no pequeno ecrã será tão forte quanto nos meios digitais

ARMANDA CLARO

Estação diz que presença no pequeno ecrã será tão forte quanto nos meios digitais

ARMANDA CLARO

A marca de informação lançada há 40 anos nos EUA e que se tornou uma referência mundial do jornalismo televisivo chega a Portugal esta segunda-feira com o arranque das emissões regulares da CNN Portugal — “24 horas por dia, sete dias por semana”, na posição do cabo que era até aqui ocupada pela TVI24, que dá lugar ao novo canal. O lançamento envolve uma campanha de comunicação digital, televisiva, radiofónica e de rua, para que ninguém fique indiferente à “marca mais relevante do jornalismo a nível mundial”, como dizem os documentos de divulgação fornecidos à imprensa.

Os cartazes de rua começaram a aparecer a 10 de novembro, há pouco mais de uma semana. As mensagens que passam são as de “influência”, “rigor” e “dedicação”. O slogan do canal é “em todas as frentes”. “Não há, no mercado mediático nacional, quem faça o que a CNN Portugal se propõe fazer”, dizem os responsáveis, segundo os quais a chegada do canal representa “um marco histórico para a indústria da comunicação no nosso país” e “um desafio e uma conquista para a Media Capital” — grupo que detém o universo TVI e cujo maior acionista e presidente da administração é o empresário Mário Ferreira. “A missão da CNN Portugal é contribuir para uma democracia mais robusta e uma opinião pública mais esclarecida”, segundo a Media Capital.

O acordo com a casa-mãe foi anunciado em maio último. O comunicado oficial dizia que “o canal será programado e operado pela Media Capital sob licença da CNN, a qual também fornecerá formação, consultoria e acesso a conteúdo de todo o portefólio da CNN”. Esta semana, Mário Ferreira acrescentou, citado pela agência Lusa: “Não foram eles que falaram connosco, fui eu que falei com eles, eu é que os desafiei a aceitar este challenge [desafio] de vir para Portugal.”

Ao fim da tarde desta segunda-feira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, há discursos e festejos. Espera-se a intervenção de Mário Ferreira e de Rani Raad, presidente da divisão comercial da CNN. Há uma atuação da fadista Ana Moura e uma palestra sobre papel do jornalismo na sociedade atual feita pelo jornalista da CNN Richard Quest — conhecido pela expressividade que emprega em programas sobre economia e finanças. De resto, segundo a Media Capital, são 400 os convidados, incluindo “alguns dos rostos mais conhecidos da estação televisiva norte-americana”. Os nomes não foram divulgados.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A CNN Portugal vai poder ser vista por quem assina serviços de televisão por cabo, na posição sete da grelha de canais. O diretor do canal é Nuno Santos, fundador da SIC Notícias, ex-diretor da RTP, da SIC, da TVI, da Multichoice (África do Sul) e do Canal 11 (da Federação Portuguesa de Futebol).

Nuno Santos (à direita na foto) é o diretor da CNN Portugal

ARMANDA CLARO

Pedro Santos Guerreiro (TVI, ex-diretor do Expresso) assume funções de diretor-executivo da CNN digital e Frederico Roque de Pinho (TVI) é diretor-executivo do canal. Os editores principais são José Carlos Araújo (TVI), Paulo Magalhães (TVI, assessor de imprensa do presidente Marcelo Rebelo de Sousa no primeiro mandato), Raquel Matos Cruz (TVI), Pedro Pinheiro (ex-TSF) e Rui Loura (ex-SuperSport, rede de canais desportivos da África do Sul).

Na vertente televisiva, o canal quer dar “prioridade à notícia, sejam os temas nacionais ou internacionais”, o que significa diretos sobre temas de última hora. Os ensaios no estúdio da CNN Portugal em Queluz de Baixo, arredores de Lisboa, começaram a 25 de outubro. O estúdio tem 600 metros quadrados e comporta sete cenários diferentes, todos criados em parceria com a CNN Internacional. Na vertente online, “a operação não será um espelho da operação televisiva”, antes contará com “site, aplicação, newsletters, podcasts, redes sociais e rubricas multimédia” autónomas. A presença no Facebook, no Twitter e no Instagram é já uma realidade há várias semanas.

Numa e noutra vertentes vão surgir os comentadores residentes — a lista é extensa, muitos deles transitam da TVI24. Adalberto Campos Fernandes, Ana Catarina Mendes, Ana Pedrosa Augusto, António Costa, António Lobo Xavier, Helena Matos, Bernardino Soares, Francisco Seixas da Costa, Helena Ferro de Gouveia, José Pacheco Pereira, Miguel Pinheiro, Mafalda Anjos, Sebastião Bugalho, Maria João Avillez e Sérgio Sousa Pinto.

“Novo Dia” é o programa matinal com que arrancam as emissões, nesta segunda-feira. Vai para o ar de segunda a sexta, logo a partir das 06h30, em direto de Lisboa e do Porto, com os jornalistas André Neto de Oliveira, Diana Bouça-Nova e Isaura Quevedo. “Não vamos repetir de manhã as notícias que as pessoas viram na noite anterior”, explicou no site da Media Capital Pedro Pinheiro, editor do programa. “As manhãs da CNN Portugal vão colocar em cima da mesa os novos temas, os assuntos mais importantes. As notícias que vêm do dia anterior terão um desenvolvimento diferente, serão analisadas”, acrescentou.

Ainda durante a manhã, os espectadores podem ver “CNN Hoje”, com Ana Guedes Rodrigues. Cátia Nobre e José Carlos Araújo aparecem no pequeno ecrã ao meio-dia. João Póvoa Marinheiro é o pivot da 18h00. Ana Sofia Cardoso e Paulo Magalhães conduzem a emissão depois das 22h00.

À noite, quando forem 21h00, surge o “Jornal da CNN”, definido como o “grande espaço de informação do canal”, com apresentação alternada de Judite Sousa e Júlio Magalhães, dois antigos rostos da TVI (e, antes disso, da RTP) que se tinham afastado do ecrã e estão de regresso em conjunto. Às segundas, o jornalista Rui Santos (ex-SIC) vai analisar o fim de semana futebolístico. Na área do desporto, os outros nomes fortes são os de Catarina Cardoso, Paulo Pereira, Henrique Mateus, Andreia Palmeirim e Joaquim Sousa Martins.

Aos sábados, destaca-se Pedro Benevides no programa “Fontes Bem Informadas”, pelas 11h00. Os jornais das 21h00 ao sábado e ao domingo têm Cristina Reyna como apresentadora.

Segundo a Media Capital, a CNN Portugal terá uma “rede alargada de correspondentes nacionais de norte a sul do país, incluindo ilhas”, muitos dos quais já hoje trabalham para a TVI. Estão em cima da mesa colaborações com televisões (online) e jornais regionais, ao estilo da rede que a CNN americana criou com estações televisivas locais nos EUA — e a fazer lembrar a forte implantação regional que a CMTV hoje tem.

A nível internacional, são certos os correspondentes Luís Costa Ribas (EUA), Pedro Moreira (Bruxelas, com cobertura de outros países do centro da Europa) e Filipe Santos Costa (Tóquio, com cobertura da Ásia). Está também previsto um jornalista em Luanda, responsável pela cobertura da África lusófona. Além disso, o canal contará com vários jornalistas recém-chegados, escolhidos através de um recrutamento lançado em julho e ao qual terão concorrido nada menos do que quatro mil pessoas.

Quanto aos programas da casa-mãe que os portugueses agora podem ver com tradução encontram-se “O Admirável Mundo com Richard Quest” (“Quest’s World of Wonder”) , “O Chefe e a Cidade” (“Culinary Journeys”) ou “Passageiro Frequente” (“Business Traveller”).

A CNN (Cable News Network) foi a primeira estação de televisão do mundo a transmitir apenas conteúdos informativos durante 24 horas por dia. Foi lançada nos EUA a 1 de junho de 1980 pelo empresário Ted Turner, que a conseguiu transformar aos poucos numa referência mundial, sobretudo a partir da transmissão em direto da primeira Guerra do Golfo, em 1991.

Com sede em Atlanta (estado da Geórgia, costa leste dos EUA), a estação tornou famosos repórteres como Christiane Amanpour, Peter Arnett, Jim Clancy ou Wolf Blitzer, e apresentadores como Larry King, Bernard Shaw ou Richard Quest.

Além da CNN Internacional, surgida em 1985 e que hoje chega por cabo à casa dos portugueses, a estação criou um canal de língua espanhola em 1997 e licenciou a marca para uma versão no Brasil, que está no ar de março do ano passado. A CNN foi comprada em 1997 pelo grupo Time Warner, atual WarnerMedia, e é hoje o terceiro canal de notícias mais visto nos EUA, atrás da Fox News e da MSNBC.

A chegada a Portugal surge num momento em que se fala de uma nova vaga da pandemia do coronavírus e a pouco mais de dois meses das eleições legislativas, marcadas para 30 de janeiro. No mercado já existem canais predominante informativos: SIC Notícias, RTP3, CMTV. Em declarações ao jornal Público, na semana passada, Nuno Santos disse que a CNN Portugal “é outra realidade” e que vai apostar num público letrado e com poder de compra, a partir dos 25 anos.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos