Portugal está pronto para iniciar a vacinação contra a Covid-19 das crianças entre os cinco e os 11 anos a partir de 20 de dezembro, dia em que chega ao país o primeiro lote de vacinas adquirido em preparação para um eventual parecer positivo das autoridades de saúde nacionais. “O Governo assegurou o que lhe competia assegurar: adquirir atempadamente o número de vacinas necessário para administrar a cada português”, disse esta quinta-feira António Costa.

O primeiro-ministro confirmou na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que, se a Comissão Técnica se declarar a favor do alargamento da vacinação às crianças — o parecer será comunicado na próxima semana —, o país estará “preparado para assegurar a vacinação das 637.907 crianças elegíveis” naquela faixa etária. O primeiro lote da Pfizer/BioNTech terá 300 mil doses e o segundo, cuja entrega está agendada para janeiro, mais 462 mil.

Pelo menos até 19 de dezembro, o calendário de vacinação contra a Covid-19 estará dominado pelo reforço vacinal às pessoas a partir dos 65 anos, profissionais de saúde e trabalhadores do setor social, pessoas imunodeprimidas e indivíduos com mais de 50 anos que tenham sido vacinados com a vacina da Janssen. Tal como as autoridades de saúde já tinham indicado, só são consideradas elegíveis para o reforço vacinal as pessoas destes grupos que tenham terminado o esquema vacinal original ou que tenham recuperado da infeção pelo SARS-CoV-2 há pelo menos seis meses.

Segundo o último balanço do coronel Penha Gonçalves, responsável pelo núcleo que coordena atualmente a campanha de vacinação, durante uma intervenção na reunião do Infarmed, sexta-feira, já foram vacinadas 63% das pessoas elegíveis para a terceira dose com 80 anos ou mais, 84% das pessoas com 70 a 79 anos que podem apanhar a dose de reforço e 8% dos elegíveis com 65 a 69 anos, num total de 606 mil pessoas — ou seja, 38% da população elegível em função da idade. Faltava vacinar quase um milhão de pessoas para se atingir 1,6 milhões de imunizados.

Mais 26 mil indivíduos de outros grupos prioritários também já receberam a dose de reforço. Até à última sexta-feira, as autoridades de saúde contabilizavam, assim, 632 mil vacinados com a dose de reforço, mas uma atualização enviada esta quinta-feira à imprensa pela DGS elevava a mais de 900 mil as doses de reforço administradas desde o início do processo — mais 268 mil em seis dias. O comunicado não indica quantas foram distribuídas entretanto por cada grupo.

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