A realização semanal de testes de antigénio para o novo coronavírus, que provoca a Covid-19, voltará a ser obrigatória 48 horas antes dos encontros da I e II Liga, anunciou esta quarta-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

A medida surgiu após uma reunião realizada esta tarde por videoconferência entre a entidade liderada por Pedro Proença e os clubes e respetivos departamentos médicos, visando debater “ajustes ao protocolo existente” de combate à pandemia de Covid-19.

“Com o regresso do estado de calamidade, foi consensualizado a necessidade de reforço das medidas e procedimentos em contexto de treino, estágio e jogo, voltando a ter caráter obrigatório a utilização permanente de máscara de todos os elementos no banco de suplentes, com exceção do treinador principal”, informa a LPFP, em comunicado.

Os testes à covid-19, que os clubes primodivisionários começaram a fazer aquando da retoma das últimas 10 jornadas da edição 2019/20 da I Liga, entre junho e julho de 2020, deixaram de ser obrigatórios em agosto do ano passado, antes do início do campeonato.

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Quanto ao acesso dos adeptos aos estádios em partidas dos escalões profissionais, os clubes “poderão dispor da possibilidade de, independentemente da lotação, limitar a emissão de bilhetes ao máximo de 5.000 espetadores, desde que sejam respeitados integralmente todos os compromissos regulamentares associados à bilhética”.

“Como previamente noticiado, acima da lotação de 5.000 espetadores, passa a ser obrigatório a apresentação de certificado de teste ou certificado de recuperação ou de teste negativo devidamente comprovado por entidade competente”, conclui a LPFP, após a suspensão do jogo Belenenses SAD-Benfica ter sobressaído na 12.ª ronda da I Liga.

Devido a um surto do coronavírus SARS-CoV-2 que atingiu jogadores, treinadores e elementos da estrutura do clube – 13 dos quais infetados pela nova estirpe Ómicron -, o Belenenses SAD apresentou-se com nove jogadores no jogo de sábado com o Benfica.

O encontro foi suspenso no início da segunda parte, aos 48 minutos, depois de os ‘azuis’ terem ficado sem o número mínimo de futebolistas legalmente exigido para o desenrolar de um jogo (sete), numa altura em que o Benfica vencia por 7-0.

A Liga de clubes sustentou a realização da partida com a ausência de um pedido formal de adiamento, tendo avançado com uma participação para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que já instaurou um processo com “natureza urgente” para apurar responsabilidades, enquanto o Belenenses SAD pediu a repetição do jogo.