O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, pediu esta quinta-feira aos Estados Unidos “o fim imediato” das negociações sobre o programa nuclear iraniano.
A posição do chefe do Executivo de Israel foi comunicada durante um contacto telefónico entre Bennett e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indicaram fontes governamentais israelitas.
“O Irão faz da chantagem nuclear uma tática de negociação, sendo que a resposta a esta situação deve ser o fim imediato das negociações e adoção de medidas concretas por parte das grandes potências contra Teerão”, disse Bennett, de acordo com um comunicado.
Concluído em 2015 entre a República Islâmica do Irão e as grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido), o pacto foi posto em causa com a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 e o restabelecimento das sanções, às quais Teerão reagiu rompendo com a maioria dos seus compromissos.
Após um hiato de seis meses, as negociações para o tentar salvar recomeçaram na segunda-feira em Viena.
Reinício “positivo” das negociações sobre o nuclear iraniano
A propósito, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que um acordo sobre o programa nuclear iraniano pode ser alcançado, mas que tudo depende da “boa vontade” do Ocidente.
“Um acordo pode ser alcançado se o Ocidente mostrar boa vontade. Procuramos um diálogo racional, sóbrio e voltado para resultados“, escreveu Hossein Amir-Abdollahian na rede social Twitter na noite de quarta-feira para esta quinta-feira.
#ViennaTalks proceeding with seriousness and sanctions removal as fundamental priority.
Expert talks are continuing too.In daily contact with top negotiator @Bagheri_Kani.
Good deal within reach if the West shows good will. We seek rational, sober & result-oriented dialogue.
— H.Amirabdollahian امیرعبداللهیان (@Amirabdolahian) December 1, 2021
“As discussões em Viena estão a decorrer de forma séria e a prioridade continua a ser o levantamento das sanções”, disse.
Na terça-feira, os europeus disseram estar a contar com os próximos dias para avaliar a “seriedade” dos iranianos nas discussões, nas quais os norte-americanos participam indiretamente.