O ministério da Administração Interna pagou uma pós-graduação, no valor de 5.850 euros, na Universidade Católica, a Cristina Landeiro, diretora de gestão do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), avançou esta sexta-feira a CNN Portugal.

O curso em questão designava-se de “Programa avançado de gestão e avaliação de projetos” e o pagamento foi autorizado pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, tutelado, na altura, por Eduardo Cabrita.

A mesma responsável no SEF já tinha estado envolvida noutra polémica. Cristina Landeiro usava dinheiro do organismo para pagar refeições que chegavam a superar os 50 euros e que justificava como sendo “despesas urgentes, imprevisíveis e inadiáveis”.

Algumas das despesas incluíam um almoço num restaurante mexicano com mojitos que custou 36 euros, uma encomenda de sushi através de uma plataforma de entregas ao domicílio que ultrapassou os 30 euros e uma ida a um restaurante em Queluz de Baixo que chegou aos 50 euros e onde a responsável do SEF pediu cinco doses de lagartinhos e uma dose de pataniscas.

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“Despesas urgentes e imprevisíveis.” Diretora de gestão do SEF usava dinheiros do organismo em refeições

Por causa destes gastos em refeições por Cristina Landeiro, o SEF está a ser alvo de uma auditoria da Inspeção-Geral da Administração Interna, noticia também a CNN Portugal.

Cristina Landeiro chegou ao ministério da Administração Interna em 2018 e em dois anos chegou ao topo do SEF, embora não tenha tido no seu currículo qualquer experiência na área das migrações e asilo. Licenciada em gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa e com um mestrado em Economia de acordo com o seu perfil no Linkedin, Cristina Landeiro foi analista financeira até 2017, tendo chegado ao SEF um ano depois.