O antigo ministro Manuel Pinho, que foi detido esta terça-feira por suspeitas de corrupção no quadro do inquérito ao caso EDP, já se desfez de parte do património que tinha em Portugal.

A notícia é avançada pelo jornal Público, que noticia que o antigo ministro da Economia e da Inovação do primeiro Governo de José Sócrates (exerceu a função entre 2005 e 2009) vendeu diversos imóveis, tendo também cancelado as contas bancárias que tinha em Portugal. Quando foi revistado no âmbito da detenção, o antigo ministro não tinha consigo dinheiro, cartões bancários ou quaisquer documentos, refere ainda o Público. Tal terá sido considerado anómalo.

As ligações de Manuel Pinho ao país, aliás, são hoje mais ténues. Como escrevia esta terça-feira o Observador, o antigo governante e a mulher, Alexandra, têm residência em Alicante, Espanha (embora mantenham uma casa em Nova Iorque e outra em Portugal, acrescenta o Público), e não vivem em solo nacional há vários anos. Devido a isto, os procuradores consideraram que existia um perigo de fuga semelhante ao que levou à saída do país do banqueiro João Rendeiro.

Na base do processo que levou à detenção de Manuel Pinho, esta terça-feira, está a sociedade offshore Tartaruga Foundation, através da qual Pinho recebeu cerca de 15 mil euros mensais do Grupo Espírito Santo enquanto exerceu funções como ex-ministro da Economia de José Sócrates entre 2005 e 2009.

Caso EDP. Estas são as suspeitas contra o casal Pinho que levaram o MP a avançar com a detenção

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