O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, exortou esta quarta-feira a União Europeia (UE) a impor sanções preventivas à Rússia para “evitar um ataque” ao seu país, e prometeu continuar a trabalhar pela paz.
“Vários países manifestaram a sua determinação para aplicar sanções. Para nós é importante aplicá-las agora e não depois do conflito, porque nessa situação não teria sentido”, indicou Zelenski em conferência de imprensa na sequência de uma cimeira entre a UE e a “parceria oriental” (Ucrânia, Geórgia, Arménia, Azerbaijão e Moldávia), fórum que a Bielorrússia abandonou.
A UE manifestou a sua preocupação pelo reforço militar russo junto à fronteira ucraniana, um assunto que abordaram os líderes comunitários no Conselho Europeu da manhã.
O bloco comunitário deixou claro que apoia a integridade territorial, independência e soberania da Ucrânia e advertiu Moscovo que qualquer novo ataque acarretará graves consequências.
Para Zelenski, a aplicação de sanções “antes” de qualquer “nova agressão” poderá constituir “um mecanismo de prevenção face a qualquer possível escalada”.
Zelenski também se reuniu com o Presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz, à margem da cimeira.
“Quero referir que a Ucrânia está comprometida com o processo de paz. Queremos uma solução pacífica e temos discutido em formato trilateral com o chanceler alemão e o Presidente francês o possível regresso do Formato de Normandia. Este foi o principal assunto das nossas discussões”, explicou, para acrescentar que “planificámos alguns passos para o tornar possível”.
No Formato de Normandia, para além da Rússia e Ucrânia na qualidade de países envolvidos no conflito, estão representados a França e Alemanha com o estatuto de mediadores.