O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou as listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas de 30 de janeiro com 84% de votos a favor, disse esta quinta-feira à Lusa fonte oficial do partido.

De acordo com a mesma fonte, de um total de 127 conselheiros, 107 votaram a favor (84%), 16 votaram contra (13%) e quatro abstiveram-se (3%).

No entanto, nos casos das listas de Lisboa, Aveiro e Viseu foram aprovados apenas os nomes indicados pela direção, a quota nacional, uma vez que as respetivas distritais “ainda não enviaram” todos os nomes que vão compor essas listas, explicou a mesma fonte.

Para sexta-feira ficou agendada nova reunião do órgão máximo entre congressos, para finalizar a aprovação dessas listas.

O Conselho Nacional do CDS-PP esteve reunido por videoconferência desde cerca das 22h00 de quarta-feira e a votação decorreu já esta madrugada.

Os nomes indicados pela direção do CDS-PP já tinham sido aprovados ao início da noite pela Comissão Política Nacional, por unanimidade.

Líder do CDS recupera Ribeiro e Castro como candidato a deputado

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“A Comissão Política Nacional do CDS-Partido Popular acaba de aprovar por unanimidade os nomes de todos os cabeças de lista e demais candidatos por mim escolhidos para representar o partido nas próximas eleições legislativas, agendadas para o dia 30 de janeiro”, afirmou o presidente do CDS numa declaração aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, antes do arranque do Conselho Nacional.

De acordo com os critérios de escolha dos candidatos a deputados, aprovados no final de novembro, cabe à direção escolher os cabeças de lista pelos círculos eleitorais do continente, os candidatos pelos círculos da Europa e de Fora de Europa, além da segunda, terceira e quarta posições da lista por Lisboa e da segunda e terceira pelo Porto.

Os restantes candidatos são indicados pelas respetivas distritais e no caso da Madeira e Açores a escolha é das estruturas regionais.

Ao contrário do resto do país, em que concorre sozinho, o CDS-PP vai apresentar-se às eleições legislativas de 30 de janeiro coligado com o PSD no círculo da Madeira e com o PSD e o PPM no dos Açores.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, encabeça a lista por Lisboa, contando com o ex-líder José Ribeiro e Castro como “número dois”, a arquiteta e vogal da Comissão Política Nacional Margarida Bentes Penedo na terceira posição e o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho, na quarta.

No Porto, a cabeça de lista é a advogada e membro do Conselho Nacional Filipa Correia Pinto, com o coordenador autárquico do partido, Fernando Barbosa, a ocupar a segunda posição.

Em Braga, a escolha recaiu sobre o ex-deputado José Paulo Areia de Carvalho, em Setúbal, o CDS apresenta como cabeça de lista a porta-voz do partido, Cecília Anacoreta Correia, em Aveiro, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, e em Leiria, o coordenador do gabinete de estudos, António Galvão Lucas.

A lista pelo círculo eleitoral de Castelo Branco é encabeçada por Maria Inês Moreira, a de Santarém pelo vice-presidente Pedro Melo e a de Coimbra por Jorge Alexandre Almeida.

Na declaração aos jornalistas na quarta-feira à noite, o líder centrista realçou que as listas são pautadas “pelo mérito, pela abertura à sociedade civil e pela renovação de protagonistas” e “revelam a moralização da vida política que o CDS defende”, acrescentando que deve ser evitada “a eternização dos políticos nos seus lugares”.

Segundo relataram à Lusa fontes que estiveram presentes na reunião do Conselho Nacional, o presidente do CDS-PP considerou que a escolha dos candidatos é um “processo difícil e doloroso” e apontou que houve opções que “foram mais pacíficas, outras nem tanto”.

Nas últimas eleições legislativas, em 2019, o CDS-PP elegeu cinco deputados: dois por Lisboa (Assunção Cristas e Ana Rita Bessa), um por Braga (Telmo Correia), um pelo Porto (Cecília Meireles) e um por Aveiro (João Almeida).