A diretora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação faz um balanço “positivo” do seminário de dois dias sobre “Estudar e Investigar em Portugal” que decorreu este mês no Pavilhão Portugal, na Expo Dubai. “Faço um balanço positivo, especialmente porque é um tipo de evento que não é propriamente especializado”, disse à Lusa Cristina Perdigão, salientando que também não havia expectativa de ter muito assistência.

Os seminários “Estudar e Investigar em Portugal”, promovidos pelo CRUP — Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e CCISP — Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, decorreram na Expo 2020 Dubai nos dias 13 e 14 de dezembro.  No primeiro dia foram apresentados o trabalho que é feito pela Portugal Space, pelo AIR Centre e dois projetos ligados ao agroalimentar: Mobfood (Universidade do Minho) e ChestWine (Instituto Politécnico de Bragança).

No segundo e último dia foram apresentados dois projetos relativos ao mar, um mais na ótica do aproveitamento económico e outro na ótica biodiversidade (ValorMar — Universidade do Porto/Sonae e BiodivAMP — MARE/ISPA) e outros dois na área da saúde CBMmeter/ Instituto Politécnico de Leiria e Blue Stain/CESPU.

“Queríamos ter a certeza de que conseguíamos aproveitar aquela disponibilidade do Pavilhão [de Portugal] para apresentar aquilo que melhor se faz em Portugal em ensino e investigação e isso acho que foi um balanço muitíssimo positivo”, acrescentou a responsável pelos seminários do Study & Research in Portugal.

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Além disso, “a amostra que se conseguiu organizar”, já numa situação de condições um bocado adversas por causa da Covid-19, com uma fase de restrições e receio de algumas pessoas de não conseguirem regressar caso testassem positivo, foi de “muita qualidade, com muito nível”, o que é “bastante positivo”.

Por isso, “acho que devemos estar orgulhosos desta participação”, rematou Cristina Perdigão. “Nós tivemos essencialmente a assistência oriunda de instituições de ensino superior”, acrescentou a diretora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação.

O evento foi organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) por convite. “Não tivemos propriamente aquele público que vai a passar, embora pudesse, se fosse caso disso e manifestasse interesse” em saber como funciona o ensino superior e a investigação em Portugal, assistir ao evento.

“Tivemos essencialmente universidades da zona [Emirados], universidades internacionais que trabalham na zona e alguns parceiros europeus também, República Checa, Malta, também Brasil, tivemos alguns parceiros a assistir brasileiros”, contou Cristina Perdigão, salientado ter sido uma “experiência muito interessante”.

Estes seminários nasceram “no âmbito de um grupo que se vinha reunindo sob a tutela da secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com vista a preparar alguns eventos de promoção das instituições de ensino superior, do trabalho que elas fazem no exterior”, em que vão surgindo ideias, propostas, desafios, explicou a responsável. “E um dos que foi colocado pela secretaria de Estado da Internacionalização, que é uma das entidades que faz parte desse grupo, foi exatamente a participação no Dubai”, acrescentou.

Tendo “em consideração as características da feira [mundial], aquilo que a secretaria de Estado da Internacionalização propôs é que se fizesse uma apresentação concertada, ou seja, que seria muito difícil acolher cada uma das instituições por si (…) e que seria muito mais fácil e adequada ao formato da feira que fossem de forma coordenada e organizada”, acrescentou.

O tema foi sendo falado até que se convergiu para a semana do conhecimento (learning and knowledge), que na Expo Dubai acolhia um grande evento ligado paralelo à exposição mundial, o RewirEd, onde se discutiram temas ligados à educação em geral. Por isso, segundo a responsável, era expectável que, além do público normal da Expo 2020 Dubai, estivesse também, nessa altura, público especialista.