A socialite Ghislaine Maxwell foi considerada culpada de aliciar raparigas menores que viriam a ser abusadas sexualmente pelo milionário Jeffrey Epstein.

A decisão foi tomada pelo tribunal de Manhattan, que considerou Maxwell — antiga namorada do milionário — culpada do crime de tráfico sexual e de quatro outros crimes. Foi apenas ilibada de um.

O julgamento durou 13 dias e foram ouvidas 33 testemunhas em tribunal. Uma delas, Annie Farmer, decidiu testemunhar publicamente, abdicando do direito ao anonimato. Outra aceitou ser identificada pelo seu primeiro nome, Carolyn. Esta afirmou em tribunal que foi abusada sexualmente por Epstein várias vezes, quando tinha 14 anos, e recordou episódios que envolveram Maxwell, como um em que a socialite a teria apalpado e dito que tinha “um bom corpo para o senhor Epstein e para os seus amigos”, de acordo com a Sky News.

Nas alegações finais, a procuradora Alison Moe definiu Maxwell como sendo “essencial para toda a operação” do milionário, procurando as raparigas e aliciando-as. “É claro como água que Maxwell tinha conhecimento e estava profundamente envolvida no abuso sexual de menores de Epstein”, disse.

Já a defesa, nas palavras da advogada Laura Menninger, quis apontar o que classificou de incoerências no discurso das testemunhas: “Precisam de estar atentos àquilo que o governo não esteve atento: como estas histórias mudaram drasticamente ao longo do tempo”, disse ao júri, citada pelo New York Times.

O juiz não anunciou em que data será decidida a sentença. Um dos crimes pelos quais Maxwell foi condenada tem uma pena máxima de 40 anos de prisão.

O milionário Jeffrey Epstein foi acusado de tráfico sexual de menores em 2019. Estava na prisão a aguardar julgamento quando se suicidou.

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