A Impresa concluiu a venda à Páginas Civilizadas, do empresário Marco Galinha, da participação de 22,35% que detinha na agência de notícias Lusa por 1,25 milhões de euros, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira pela CMVM.

O comunicado da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) avança que a Impresa, dona da SIC, “celebrou, nesta data, com a Páginas Civilizadas, Lda. o contrato de compra e venda definitivo, pelo qual foram transmitidas 476.064 ações, cada uma com o valor nominal de 2,50 euros, representativas de 22,35% do capital social da Lusa – Agência de Notícias de Portugal S.A., pelo preço de 1.250.000,00 de euros”.

“Esta alienação foi realizada no âmbito da concretização do Plano Estratégico para o triénio 2020-2022 e do reposicionamento da atividade da Impresa, com um enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”, pode ler-se no comunicado.

Segundo o documento, “decorrente do valor de alienação”, já conhecido à data de encerramento das contas de 2020, “a Impresa incorreu em perdas, tendo, em consequência, registado imparidades ainda nas contas de 2020 no montante de 24.925 euros”.

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Em 4 de janeiro, a Impresa anunciou a celebração com a Páginas Civilizadas, do Grupo Bel, de contratos-promessa para a venda das suas posições acionistas na Vasp Distribuidora de Publicações e na Lusa – Agência de Notícias de Portugal.

Num comunicado publicado na altura no ‘site’ da CMVM, a Impresa informou que celebrou em 31 de dezembro de 2020 com a Páginas Civilizadas, empresa veículo do Grupo Bel, um contrato-promessa pelo qual se comprometia a vender, por 2,1 milhões de euros, 222.000 ações, com o valor nominal de 3,50 euros, representativas de 33,33% do capital social da Vasp.

Na nota, a Impresa informou ainda que celebrou contrato idêntico para a venda, por 1.250.000 euros, de 476.064 ações, com o valor nominal de 2,50 euros, representativas de 22,35% do capital social da Lusa.

No primeiro caso, a celebração do contrato definitivo de compra e venda está sujeita “à finalização de uma auditoria contabilística e financeira, ao não exercício do direito de preferência por parte dos acionistas da Vasp – Distribuidora de Publicações, S.A., ao consentimento da Vasp – Distribuidora de Publicações, S.A. e à não oposição à transação por parte da Autoridade da Concorrência”, referia a nota.

Já a celebração do contrato definitivo para venda das ações da Lusa estava sujeita “à finalização de uma auditoria contabilística e financeira e à não oposição à transação por parte da Autoridade da Concorrência (ou confirmação de que a notificação à Autoridade da Concorrência não é necessária)”.

Em novembro de 2020, a Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde ao Grupo Bel, do empresário Marco Galinha, para ficar com o controlo exclusivo da Global Notícias – Media Group, que detém o Diário de Notícias, a TSF e outros meios de comunicação social.

O grupo Bel foi fundado em 2001 por Marco Galinha e tem atividades em vários setores, entre os quais máquinas de ‘vending’ (máquinas de venda automática) e aeronáutica. Entrou nos media em 2018, através do Jornal Económico.