O secretário-geral da NATO e o chefe da diplomacia da Ucrânia vão reunir-se na próxima segunda-feira em Bruxelas, dois dias antes de a Aliança Atlântica analisar com a Rússia a tensão militar na fronteira entre os dois países.

O anúncio do encontro entre Jens Stoltenberg e Dmytro Kuleba foi feito num comunicado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), no qual se salienta que, no quadro dos esforços para resolver o problema, haverá ainda na próxima sexta-feira uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados membros da Aliança Atlântica para coordenar o diálogo com Moscovo.

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Nas últimas semanas, a NATO e Jens Stoltenberg manifestaram apoio à integridade territorial da Ucrânia face ao reforço de militares que o Kremlin terá feito na fronteira e alertaram a Rússia que responderá com “determinação” a um possível ataque.

A Aliança Atlântica, com sede em Bruxelas, lembrou que todos os países, incluindo a Ucrânia, devem decidir livremente se aderem à NATO, numa resposta ao pedido de Moscovo para que a organização militar ponha de lado a promessa a Kiev de que poderá aderir no futuro.

Essa é uma das exigências que Moscovo fez à NATO e aos Estados Unidos para concordar com um novo quadro de segurança na Europa.

O Kremlin também pediu à Aliança Atlântica para afastar as manobras militares das fronteiras russas e a Washington para se juntar à moratória unilateral sobre a instalação de mísseis de curto e médio alcance na Europa.

As exigências serão abordadas pelos Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin na próxima segunda-feira, em Genebra.

Dois dias depois deste encontro, Bruxelas acolherá a reunião entre o Conselho da NATO e a Rússia, em que serão discutidas “questões relacionadas com a segurança europeia, especialmente a situação dentro e em redor da Ucrânia”, disse terça-feira Stoltenberg.

Convocada reunião dos chefes da diplomacia da NATO para discutir aumento de presença militar russa na fronteira da Ucrânia

As atividades militares e a redução de riscos também serão temas a debater, no que constitui “uma agenda para um diálogo significativo no interesse de todos nós”, acrescentou o secretário-geral da NATO.