Os três homens detidos em março de 2021 numa quinta em Coruche, onde a GNR desmantelou um laboratório de produção de canábis, começaram a ser julgados esta quarta-feira pelo Tribunal de Santarém.

Os três homens, dois de nacionalidade lituana e um ucraniano, com idades entre os 30 e os 38 anos, são acusados pelo Ministério Público (MP) da prática de crimes de tráfico e de outras atividades ilícitas.

Os homens, que se encontram em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Leiria, foram detidos a 9 de março de 2021, numa operação em que foram apreendidas 459 plantas de canábis, milhares de doses de canábis, 48 doses de cocaína, quatro viaturas, 565 libras esterlinas (cerca de 659 euros), 850 grívnias (moeda ucraniana, cerca de 26 euros), 100 euros em numerário e talões de depósito bancários de mais 400 euros e diverso material relacionado com a plantação, germinação, secagem e venda de canábis.

Segundo a acusação do MP, o total da canábis apreendida, com diversos graus de pureza, correspondia a um total de 216.178 doses individuais, concluindo que o dinheiro apreendido provinha do tráfico, já que nenhum dos arguidos tem rendimentos de qualquer atividade profissional.

Na altura da detenção, o comandante do destacamento territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Coruche afirmou que o laboratório de produção de canábis do trio, desmantelado numa antiga pecuária situada na freguesia da Erra revelava “capacidade de organização” e “elevado conhecimento técnico”.

Os homens subdividiram o pavilhão da antiga pecuária em três áreas bem definidas, cada uma com “um propósito na cadeia de produção, desde plantação, germinação, maturação da planta e depois do acondicionamento e transporte para venda ao consumidor”, disse, então, o comandante Diogo Oliveira.

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