Caso as eleições fossem hoje, o PS deveria voltar a ganhá-las com 38% dos votos, mas sem a desejada maioria absoluta. O PSD obteria 32%, reduzindo a diferença face aos socialistas em três pontos percentuais em vez dos nove das últimas legislativas. Esta é a principal conclusão de uma sondagem elaborada pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público.

Nos restantes lugares, ainda não há uma tendência clara. Em terceiro, ficaria o Bloco de Esquerda e a CDU empatados dos 6%, seguido do Chega e da Iniciativa Liberal com 5%, que seriam a quinta e a sexta força política.

Mais distantes estão o CDS e o PAN, que não iriam além dos 2%. O Livre ficar-se-ia por 1% e ainda não é claro se conseguiria eleger um deputado. Há ainda 3% das intenções de votos que iriam para outros partidos, valor que também inclui nulos e brancos.

Neste cenário, os partidos de esquerda que compunham a gerigonça (PS, CDU e BE) obteriam a maioria com 50%, sendo que com o Livre e o PAN ficariam com 53%. Já todos os partidos de direita coligados reuniam 44% das intenções de voto.

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Tendo em conta as sondagens realizadas pela Universidade Católica, Rui Rio conseguiu subir quatro pontos percentuais num ano e reduziu praticamente para metade a diferença relativamente ao PS, que desceu ligeiramente.

77% não vê como provável uma maioria. Geringonça e bloco central praticamente empatados

Um total de 77% dos inquiridos não acredita que nenhum partido conseguirá a maioria absoluta — apenas 13% o veem como provável.

Em caso de não existir essa maioria, 25% considera que deve repetir-se a gerigonça, um valor muito próximo daqueles que desejam um bloco central (24%). Há ainda 18% que gostava de ver uma ‘caranguejola’ de partidos à direita.

73% acredita que António Costa deverá manter-se como primeiro-ministro

Questionados sobre qual será o partido mais votado nas próximas eleições, 73% não tem dúvidas de que será o PS. Em comparação, 16% mencionaram o PSD, enquanto apenas 0,1% respondeu o nome de outro partido.

Além disso, 72% dos participantes desta sondagem diz que vai votar no próximo dia 30 de janeiro, enquanto 20% indicou que “em princípio” o fará. 6% ainda estão indecisos, ao passo que 2% garante abster-se.

Esta sondagem foi realizada entre 28 de dezembro de 2021 e 5 de janeiro de 2022 e contou com 1.238 inquiridos.