(notícia atualizada às 09h34 de segunda-feira, 17 de janeiro)

Todos os reféns da sinagoga da Congregação Beth Israel, nos Estados Unidos, “estão a salvo”, segundo o governador do Texas Greg Abbott, e o sequestrador foi morto, informou a polícia local.

Já este domingo, o suspeito deste sequestro que Joe Biden considerou “um ato de terror” foi identificado como sendo o cidadão britânico Malik Faisal Akram, de 44 anos.  Segundo as autoridades norte-americanas, duas pessoas foram ainda detidas em Manchester, em Inglaterra, por alegado envolvimento no sequestro. O casal foi detido e permanece sob custódia para interrogatório.

Um primeiro refém tinha sido libertado ainda no sábado, de boa saúde, após ter sido detido durante mais de seis horas, enquanto o FBI continuava a negociar com o suspeito no crime.

Um homem fez, pelo menos, quatro reféns no sábado numa sinagoga na cidade de Fort Worth, no Texas. A polícia foi chamada ao local pelas 11h (hora local) e as pessoas foram retiradas das áreas envolventes da Congregação Beth Israel. O encontro na sinagoga estava a ser transmitido via Facebook quando o incidente ocorreu.

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A Associated Press escreve que o homem em questão exigiu a libertação de uma neurocientista paquistanesa, Aafia Siddiqui, que foi condenada por tentar matar oficiais do exército norte-americano no Afeganistão. Vários media noticiaram que o suspeito afirmava ser irmão da neurocientista paquistanesa. O sequestrador exigiu a libertação da irmã, que cumpre uma pena de 86 anos no Texas.

O evento levou a uma maior proteção policial em várias sinagogas e instituições judaicas nas principais cidades nos Estados Unidos, tais como Dallas, Nova Iorque e Los Angeles, para detetar qualquer possível ameaça antissemita decorrente do que aconteceu em Colleyville.

O Departamento Policial de Colleyville partilhou na respetiva conta de Twitter que foi mobilizada uma equipa SWAT.  “É uma situação em desenvolvimento, e temos muitos agentes no local”, diria ainda Katie Chaumont, porta-voz do FBI em Dallas.

De acordo com a AP, que cita dois polícias que preferiram manter o anonimato, o homem fez pelo menos quatro reféns no interior da sinagoga — um deles o rabi.

Os negociadores de crise do FBI também estiveram no local e em contacto com alguém no interior da sinagoga. A polícia chegou a fechar o acesso às estradas que rodeiam a sinagoga.

O Presidente dos EUA saudou a libertação dos reféns da sinagoga do Texas e, enquanto se aguardam detalhes sobre a motivação do sequestrador, disse ser necessário denunciar “o antissemitismo e ascensão do extremismo” no país.

“Estou grato face ao trabalho incansável das forças de segurança, a todos os níveis, que agiu de forma cooperativa e corajosa para resgatar os reféns. Estamos a enviar amor e força aos membros da Congregação Beth Israel, Colleyville, e à comunidade judaica”, afirmou Joe Biden no sábado à noite.

Biden quis “ser claro” para qualquer um que queira espalhar o ódio no país: “Vamos opor-nos ao antissemitismo e ao aumento do extremismo”. Pouco antes, o chefe da polícia local indicou que os investigadores acreditam que o suspeito se centrou “numa questão que não ameaçava especificamente a comunidade judaica”.