As primeiras imagens das ilhas de Tonga após a erupção do vulcão foram captadas por aviões das forças de defesa da Nova Zelândia, em voos de reconhecimento, e revelam um acentuado contraste em relação à habitual paisagem verdejante do arquipélago.
Imagens aéreas de Nomuka, uma pequena ilha no sul do grupo Haʻapai, mostram terra e árvores cobertas de cinza e danificadas por uma enorme erupção vulcânica subaquática, e por um tsunami que atingiu o país no sábado. Até agora foram confirmadas duas mortes.
Centros de alerta vulcânicos confirmam apenas erupção de sábado no Tonga
Imagens de satélite analisadas pela ONU revelam um cenário semelhante nas localidades de Kolomotua, Tongatapu e Fafaa: alguns edifícios mantêm-se de pé, mas outros parecem ter colapsado, descreve o jornal The Guardian, e toda a paisagem foi ‘pintada’ de cinzento.
No Aeroporto Internacional de Fua’amotu a pista ficou inundada e foi parcialmente coberta de cinza ou terra. Outras imagens de satélite mostram que as cheias chegaram a zonas que estão a vários quarteirões da costa.
A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha‘apai, a 65 quilómetros da capital de Tonga, foi a maior dos últimos 30 anos. O tsunami que se seguiu afetou gravemente as comunicações do arquipélago, que permanecem extremamente limitadas desde sábado. A reparação dos cabos subaquáticos que permite ligar as ilhas ao mundo exterior pode demorar semanas, diz o Guardian.
Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia deu conta de três mortes confirmadas, uma delas de uma cidadã britânica. Angela Glover viva no país e tinha sido dada como desaparecida depois do tsunami. A família informou que o corpo já foi recuperado.