Um tribunal indonésio condenou, esta quarta-feira, um líder islamita ligado à Al-Qaeda a 15 anos de prisão pelo papel nos atentados de Bali em 2002, que mataram mais de 200 pessoas, na maioria turistas estrangeiros.

“O arguido estava ciente” do ataque planeado através de uma equipa que tinha formado, salientou o juiz do tribunal de Jacarta Oriental, embora tenha dito que “não estava envolvido no resto do processo“.

O indonésio de 58 anos, cofundador da organização islamita indonésia Jemaah Islamiyah (JI), ligada à Al-Qaeda, foi acusado de planear os bombardeamentos de Bali, bem como outros ataques terroristas levados a cabo por um grupo sob o seu comando.

O Ministério Público, que pedira a prisão perpétua, salientou que Zulkarnaen tinha criado uma célula terrorista e descreveu-o como um homem-chave na organização devido à sua experiência em campos de treino extremista no Afeganistão e nas Filipinas.

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Durante todo o julgamento, Zulkarnaen negou o envolvimento nos atentados de Bali, mas admitiu que estes foram levados a cabo pela sua equipa.

Disse ao tribunal que os executores não o avisaram antecipadamente do ataque e que ele não tinha participado nos preparativos.

Mas os juízes entenderam que tinha uma responsabilidade significativa.

Duas explosões, que ocorreram um ano após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, constituem o ataque terrorista mais mortífero até à data no país do sudeste asiático.