A Pfizer pediu esta terça-feira que os Estados Unidos autorizem doses ainda mais baixas da vacina contra a Covid-19 para serem administradas a menores de cinco anos, o que pode significar que as crianças mais novas podem começar a ser vacinadas em março.

Segundo a Associated Press (AP), foi a própria FDA (Food and Drug Administration, o regulador do medicamento norte-americano) que apelou à Pfizer, e à sua parceira BioNTech, que requisitasse a autorização mais cedo do que estava planeado.

Os 19 milhões de crianças com menos de cinco anos representam o único grupo nos Estados Unidos não elegível para a vacinação. As vacinas propostas contêm apenas um décimo da dose dada a adultos, e podem ser administradas a partir dos seis meses.

Ainda não foi decidido o número de doses que as crianças vão precisar. Os testes da Pfizer indicam que duas são suficientes para bebés, mas não para crianças em idade pré-escolar. Resultados finais são esperados no fim de março.

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A FDA pode decidir autorizar duas doses por agora, com uma terceira dependente de resultados dos estudos, numa fase posterior, diz a AP.

A vacina extra-leve tem também de ser aprovada pelos Centros para o Controlo e Prevenção da Doença. O governo norte-americano tem tentado acelerar a autorização de vacinas para crianças, considerando ser a única forma de reabrir as escolas e creches de forma segura.

Ainda assim, a vacinação entre os mais novos tem avançado de forma mais lenta. No final da semana passada, apenas 20% das crianças com idades entre os 5 e os 11 anos, e cerca de metade das que têm entre 12 e 17, estavam totalmente vacinadas, de acordo com a Academia Americana de Pediatria.

Ainda que as crianças tenham menos probabilidade de desenvolver doença grave, isso pode acontecer. Além disso, lembra a AP, o número de infeções pediátricas é agora o mais elevado de toda a pandemia.