O líder do Chega admite avançar com uma moção de censura ao Governo num cenário de instrumentalização da justiça contra a oposição.

“Se o Ministério Público ou a justiça em geral se tornarem armas de arremesso do Partido Socialista, contra os opositores, contra o Chega, contra o PSD, contra os outros partidos, não tenha dúvidas que eu chamarei o governo ao Parlamento e colocaremos uma moção de censura”, André Ventura, em entrevista à CNN, na noite de terça-feira.

O Chega foi a terceira força mais votada, com 7,15% dos votos. São eleitores que, segundo Ventura, “querem escrutínio” e vão tê-lo. “Não vou permitir que aconteça com o governo de António Costa o mesmo que aconteceu com José Sócrates. Porque nós todos temos memória do que aconteceu com José Sócrates: a maioria absoluta tornou-se numa tirania absoluta, na justiça, na economia”, criticou.

Ventura conseguiu tornar Chega a terceira força e já só quer lutar contra os pesos-pesados (PS e PSD)

Nesta entrevista à CNN, André Ventura afirma ainda que a “obsessão anti-Chega” custou votos ao PSD e contribuiu para a maioria absoluta do Partido Socialista. “Rui Rio insistia nisto, ‘com o Chega não’. O que é que o eleitorado pensou? Se ‘com o Chega não’, e se todos os números apontam que não há governo à direita sem o Chega, então vamos dar voto a António Costa e ao Partido Socialista. Eu não sei se essa foi a estratégia de Rui Rio, mas correu-lhe muito mal”, comentou.

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